Jonathan foi indiciado por homicídio dolosoReprodução / Ministério Público de São Paulo
Justiça decreta prisão preventiva de flamenguista suspeito de matar palmeirense
Jonathan Messias Santos da Silva se torna réu pelo homicídio de Gabriela Anelli
Rio - O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) recebeu, nesta segunda-feira (14), a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de Jonathan Messias Santos da Silva, suspeito de arremessar garrafa e provocar a morte da palmeirense Gabriela Anelli, de 23 anos, antes do jogo entre Flamengo e Palmeiras, em São Paulo.
Na decisão, a juíza Marcela Sant'Anna afirmou que a prisão do réu deve ser mantida para a garantia da ordem pública e para futura aplicação da lei penal. "Se trata de crime grave, hediondo, praticado antes de uma partida de futebol e motivado por ódio à torcida adversária", escreveu a magistrada.
Além disso, Sant'Anna também entende que o suspeito continuou exercendo suas atividades rotineiras e deixou de se apresentar às autoridades com a convicção de que não seria identificado.
Procurada pelo DIA, a defesa do torcedor do Flamengo afirmou que apresentará a resposta à acusação após o réu ser citado, assim como a perícia particular. "Já impetramos o (pedido de) habeas corpus no TJSP e estamos aguardando julgamento! O réu se declara inocente, fato este que provaremos durante a instrução criminal", disse o advogado José Victor Moraes Barros.
Jonathan está preso desde o último dia 25, quando foi detido no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio. A Polícia Civil de São Paulo o indiciou por homicídio doloso. No dia 8 deste mês, ele foi interrogado pela Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) e preferiu ficar em silêncio.
Relembre o caso
A palmeirense Gabriela Anelli foi atingida na artéria jugular por estilhaços de uma garrafa, arremessada durante uma confusão entre torcidas de ambos os times, em uma das entradas do estádio Allianz Parque, no dia 8 de julho.
A vítima recebeu atendimento na ambulância do estádio e foi levada ao hospital Santa Casa, no centro de São Paulo. Ela sofreu duas paradas cardíacas e faleceu dois dias depois.
No dia do ocorrido, um homem chegou a ser preso em flagrante, mas ele foi solto após pedido do Ministério Público. O promotor Rogério Leão Zagallo alegou que as provas eram inconclusivas. Com a soltura, as investigações prosseguiram para encontrar o suspeito de arremessar a garrafa.
Jonathan atuava como diretor adjunto e professor na Escola Municipal Almirante Saldanha da Gama, em Campo Grande. A Secretaria Municipal de Educação o afastou de suas funções e informou que repudia o crime.
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