André Soares da Silva, pai do menino desaparecido no mar de Ipanema, esteve no IML para reconhecimento de corpoReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Família de adolescente desaparecido no mar vive angústia e expectativa sobre reconhecimento de corpo
Nesta segunda-feira (14), bombeiros encontraram um cadáver na Praia do Recreio, Zona Oeste do Rio com características similares ao do menino; reconhecimento ainda não foi possível
Rio - A família do adolescente de 13 anos, que desapareceu no mar de Ipanema, na Zona Sul do Rio, há 11 dias, vive a angústia e expectativa pelo reconhecimento de um corpo encontrado na tarde desta segunda-feira (14), na Praia do Recreio, Zona Oeste. O corpo possui características similares ao do menino.
André Soares da Silva, de 39 anos, pai do menino esteve no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, na tarde desta terça-feira (15) para reconhecer o corpo localizado durante as buscas do Corpo de Bombeiros ao seu filho. No entanto, devido ao estado avançado de decomposição do cadáver, o reconhecimento ainda não foi possível.
"Eu fiz todos os procedimentos. Não tem como reconhecer com a digital. O corpo está bastante danificado. Só com o DNA mesmo. Vamos aguardar os procedimentos. Eu fiz agora e eles falaram para eu aguardar que eles vão me chamar para fazer os exames. Queremos fazer um enterro digno para ele porque ele merece", disse André.
O pai explicou que ainda não tem previsão de quando vai sair esse resultado. Enquanto espera, o homem informou que a família aguarda aflita e busca encerrar essa pendência para amenizar o sofrimento.
"Nós estamos bem aflitos. Até ontem [segunda], nós estávamos naquela indecisão porque não tinha corpo. A gente ainda tinha uma esperança, mas infelizmente nós sabíamos que seria difícil achar ele com vida. Agora é só tentar identificar esse corpo para ter certeza que é o dele para amenizar o sofrimento da gente", completou.
Adolescente era querido na família
Segundo André, o menino era extrovertido e gostava de brincar com diferentes pessoas, tendo muitos amigos.
"Um garoto alegre que gostava de brincar. Muito divertido. Gostava de dançar muito. Vão ficar boas lembranças dele. Infelizmente, não podemos fazer muita coisa. Só aguardar. Ele viveu uma boa vida com certeza. Era um garoto que gostava de brincar, tinha muitos amigos, era muito querido. Vai deixar saudades", lamentou o pai.
D. M. S., de 13 anos, desapareceu no dia 5 de agosto no mar da Praia de Ipanema, na Zona Sul do Rio. O adolescente estava na beira da água quando uma onda o atingiu e o carregou. Seu padrasto, assim como outros banhistas, tentaram socorrê-lo, mas não conseguiram.
Bombeiros foram acionados e começaram as buscas pelo menino ainda naquele dia. Até a tarde desta segunda-feira (14), os militares utilizavam helicópteros, botes e motos aquáticas para tentar encontrá-lo. As buscas continuaram até quando o mar estava de ressaca.
A família da vítima fez uma vaquinha para arrecadar dinheiro e arcar com os custos de deslocamento e alimentação para acompanhar as buscas presencialmente. Os familiares, que moram em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, foram todos os dias até a Zona Sul para assistir as buscas. A meta inicial era de R$ 700, no entanto, foi arrecadado mais de R$ 2,9 mil.
*Colaborou Reginaldo Pimenta
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