Murilo Leal anunciou a renúncia ao cargo de conselheiro-presidente da Agetransp Reprodução

Rio - Murilo Leal, conselheiro-presidente da Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias (Agetransp), anunciou a sua renúncia ao cargo, nesta terça-feira (15). 
A decisão foi comunicada durante reunião da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Serviços Delegados e Agências Reguladoras, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). O comunicado foi feito através de um ofício, originalmente endereçado ao governador Claudio Castro (PL), encaminhado à CPI e lido pelo presidente do colegiado, deputado Rodrigo Amorim (PTB).
Leal afirmou que permanecerá como integrante do Conselho da agência e enumerou realizações de seus cinco anos de gestão. "Tivemos grandes desafios e, junto dos demais conselheiros, pudemos entregar à sociedade aquilo que ela esperava de nós. Recebemos a agência com caixa de R$ 5 milhões e, hoje, a Agetransp conta com mais de R$ 75 milhões para investir em sua atividade regulatória. Neste momento, projetos profissionais me impedem de permanecer com a designação para continuar na Presidência da Agetransp", diz parte da carta.
Rodrigo Amorim elogiou a postura de Leal, afirmando que a atitude levará oxigenação à gestão da agência, mas ponderou que a Comissão jamais teve a intenção de provocar sua saída do cargo. Além disso, o presidente da CPI avaliou que este é o primeiro grande desdobramento da Comissão.
"Temos todo o respeito pelo trabalho dos conselheiros, que são indicados pelo governador e passam por uma sabatina na Alerj. Evidenciamos diversos equívocos na gestão da Agetransp e, agora, esperamos que a agência traga à CPI elementos fundamentais sobre seus processos regulatórios", avaliou.

O colegiado sugeriu que os quatro demais conselheiros da Agetransp realizassem uma eleição, em caráter simbólico, do novo presidente para que o nome sugerido fosse levado ao governador. Charlles Batista, cuja indicação para integrar o Conselho da agência foi aprovada pela Alerj no último mês de junho, se colocou à disposição para ocupar o cargo.
"Sei o que tenho que fazer e qual resultado tenho que dar. Não poderia nunca dizer que não estou propício a ser presidente. Se for da vontade do governador, estarei lá para fazer o melhor possível", afirmou o conselheiro.