Patrícia Amieiro foi morta após seu carro ser alvo de disparos dados por policiais militares, de acordo com o MPReprodução

Rio - A Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (MPRJ) marcou a data do Júri Popular do caso da morte da engenheira Patrícia Amieiro para 24 de julho de 2025. A decisão foi da juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, 1ª Vara Criminal do Rio de Janeiro. Patrícia desapareceu em 2008, após seu carro ser atingido por tiros de policiais militares na Barra da Tijuca, Zona Oeste. 
No documento, a magistrada admite que a data está longe e abre a possibilidade de que o julgamento seja remarcado. "Ademais, a pauta deste juízo se encontra para data longínqua, de modo que, caso seja necessário, poderá ser reavaliado o pedido", argumentou.
No mês passado, a juíza determinou que o processo da morte de Patrícia teria um novo Júri Popular. A engenheira desapareceu em 2008, após seu carro ser atingido por tiros de policiais militares na Barra da Tijuca, Zona Oeste. Os envolvidos foram comunicados.
Os policiais Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento são réus por tentativa de homicídio. Já os agentes Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira dos Santos respondem por fraude processual.
O caso completou 15 anos no último dia 14 de julho. O primeiro júri aconteceu em 2019, quando Marcos e William foram condenados por fraude processual, mas absolvidos de homicídio. Em setembro de 2020, o caso foi reaberto após o surgimento de uma nova testemunha.
Relembre o caso
A engenheira Patrícia Amieiro, de 24 anos, voltava de uma festa na Zona Sul quando seu carro foi alvo de disparos feitos por policiais militares na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, em 14 de junho de 2008. O carro perdeu o controle e colidiu em dois postes e em uma mureta. O corpo nunca foi encontrado. Segundo o Ministério Público do Rio (MPRJ), quatro PMs estão envolvidos na morte.
Em 9 dezembro de 2019 foi realizado o julgamento dos envolvidos no crime em júri popular: os policiais Marcos Paulo Nogueira Maranhão e William Luís Nascimento foram condenados a três anos de prisão por fraude processual, mas absolvidos de homicídio. Já Fábio Silveira Santana e Marcos Oliveira dos Santos foram absolvidos das acusações.