Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) investiga o desaparecimento de Odarcio de Carvalho GenerosoReprodução

Rio - A família do motoboy Odarcio de Carvalho Generoso, de 31 anos, não descarta a possibilidade de um surto ter motivado o seu desaparecimento. O homem foi visto pela última vez, na manhã deste domingo (13), na Rua do Sol, próximo ao Posto 12, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio.
A informação foi confirmada por Paulo Henrique Silva, primo de Odarcio. O desaparecimento aconteceu no Dia dos Pais e pode ter relação com a saudade que o motoboy sente pela sua família, que mora em Minas Gerais, de onde ele se mudou há cinco anos. O homem tem uma filha, de aproximadamente 10 anos, e não teria conseguido falar com ela no dia de seu desaparecimento.
No entanto, o primo explicou que Odarcio nunca apresentou nenhum outro comportamento que indicasse qualquer tipo de surto anteriormente. Paulo ainda disse que a família gostaria de ter acesso à câmeras de segurança da Rua do Sol que possam auxiliar nas buscas e explicar o que aconteceu.
O caso foi registrado na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) nesta terça-feira (15). De acordo com a Polícia Civil, a especializada está realizando diligências para localizá-lo.
Buscas no IML
Paulo esteve, na manhã desta terça-feira (15), no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, para verificar se o corpo do primo estava no local. No IML, a família foi informada sobre dois mortos, mas um deles foi descartado e outro aguarda resultado das impressões digitais, que virá de Minas Gerais. Contudo, os familiares acreditam não se tratar de Odarcio, porque o corpo teria sido encontrado no Centro do Rio.
"A família e os amigos já procuraram em hospitais, em vários lugares e não conseguiu achar ele. A gente veio no IML e na Cidade da Polícia, na delegacia especializada para fazer o boletim do desaparecimento. Os amigos já procuraram em vários lugares, em grupos de motoboys, de vans, já divulgaram fotos, mas não tem notícia nenhuma. Foi visto pela última vez na Rua do Sol e foi nesse mesmo momento que ele ficou sem internet, que foi a última mensagem que eu consegui mandar para ele", disse o primo.
Segundo Paulo, Odarcio mora próximo ao local de onde sumiu, na Avenida Gilka Machado, também no Recreio, e tem o costume de uma ou duas vezes por mês comprar bebida e caminhar pela Rua do Sol, o que aconteceu na manhã do desaparecimento. O motoboy, que veio morar no Rio de Janeiro à trabalho, há cinco anos, foi descrito pelo primo como uma pessoa apegada a familia e os parentes esperam encontrá-lo com vida.
"Ele é bem caseiro, apegado a familia, uma pessoa muito boa, gosta de ajudar. A gente sente que (vai encontrar ele com vida) sim, mas é muito preocupante, o local lá está muito perigoso", desabafou Paulo Henrique.
Odarcio usava uma blusa preta e um short listrado nas cores preto e branco, quando desapareceu.