Odarcio de Carvalho desapareceu na manhã do último domingoArquivo Pessoal

Rio - Familiares buscam informações sobre um motoboy que desapareceu na manhã do último domingo (13), no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste do Rio. Natural de Minas Gerais, Odarcio de Carvalho, de 30 anos, foi visto pela última vez por volta das 9h, na Rua do Sol, próximo ao Posto 12. Parentes do homem registraram o desaparecimento nesta terça-feira (15), na Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), na Cidade da Polícia, na Zona Norte do Rio. 
Segundo um primo do motoboy, Odarcio mora próximo ao local de onde sumiu, na Avenida Gilka Machado, também no Recreio, e tem o costume de uma ou duas vezes por mês comprar bebida e caminhar pela Rua do Sol, o que aconteceu na manhã do desaparecimento. Paulo Henrique Silva conta que chegou a mandar uma mensagem para o motoboy, mas ele não respondeu. A família do homem ainda vive em Minas Gerais e veio para a capital fluminense após ser informada do sumiço por amigos dele.
"A família e os amigos já procuraram em hospitais, em vários lugares e não conseguiu achar ele. A gente veio no IML e na Cidade da Polícia, na delegacia especializada para fazer o boletim do desaparecimento. Os amigos já procuraram em vários lugares, em grupos de motoboys, de vans, já divulgaram fotos, mas não tem notícia nenhuma. Foi visto pela última vez na Rua do Sol e foi nesse mesmo momento que ele ficou sem internet, que foi a última mensagem que eu consegui mandar para ele", disse o primo. 
O parente do homem relata ainda que, inicialmente, eles procuraram a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) para registrar o caso, mas foram orientados a ir até o Instituto Médico Legal primeiro. No IML, eles foram informados sobre dois mortos, mas um deles foi descartado e outro aguarda resultado das impressões digitais, que virá de Minas Gerais, mas os familiares acreditam não se tratar de Odarcio, porque o corpo teria sido encontrado no Centro do Rio.
"A gente não tem informação nenhuma, estava querendo (fazer) o boletim de ocorrência para ver se a polícia conseguia as imagens dos prédios próximos, para saber se as câmeras pegaram algum lado que ele possa ter ido, se entrou em algum veículo". O motoboy, que veio morar no Rio de Janeiro à trabalho, há cinco anos, foi descrito pelo primo como uma pessoa apegada a familia e os parentes esperam encontrá-lo com vida.
"Ele é bem caseiro, apegado a familia, uma pessoa muito boa, gosta de ajudar. A gente sente que (vai encontrar ele com vida) sim, mas é muito preocupante, o local lá está muito perigoso", desabafou Paulo Henrique. Odarcio usava uma blusa preta e um short listrado nas cores preto e branco, quando desapareceu.
Corpos encontrados no Recreio
Nesta segunda-feira (14), os bombeiros localizaram dois corpos no Recreio. Durante a manhã, um homem decapitado e sem os pés foi encontrado no mar da Praia da Reserva por um morador que caminhava na região. Equipes do 31º BPM (Barra da Tijuca) também foram até o local e encontraram a vítima em avançado estado de decomposição. O cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto (IML), no Centro do Rio, e será submetido a processo de identificação.
De acordo com a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) foi acionada e instaurou inquérito para apurar as circunstâncias da morte de um homem, ainda não identificado. "Diligências estão em andamento para apurar a autoria e esclarecer os fatos". Já na parte da tarde, bombeiros encontraram um corpo na Praia do Recreio, durante o décimo dia de buscas pelo adolescente de 13 anos que se afogou na Praia de Ipanema, na Zona Sul. O menino estava de costas na beira d'água, quando uma onda forte o levou.
O corpo também foi levado para o Instituto Médico Legal e a Polícia Civil ainda não informou se o corpo encontrado já foi identificado e se é do adolescente desaparecido. A família dele foi informada sobre a localização de um cadáver e vai acompanhar a perícia. Parentes de D.M estão fazendo uma vaquinha para arrecadar dinheiro e arcar com os custos de deslocamento e alimentação para acompanhar as buscas presencialmente. Eles moram em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e vão todos os dias até a Zona Sul para assistir as buscas.