Gripe aviária: Rio teve 16 registros de contaminação até o momentoDivulgação

Rio - O Governo do Rio decretou, nesta sexta-feira (18), estado de emergência zoossanitária devido ao aumento de casos de gripe aviária. De acordo com o texto, publicado no Diário Oficial do Estado (DO), a medida vale por 180 dias e tem como objetivo evitar aumento de casos da doença.

"Fica declarado estado de emergência zoossanitária em todo o território estadual, por um prazo de 180 dias, em função da detecção da infecção de aves silvestres pelo vírus da influenza aviária H5N1 de alta patogenicidade (IAAP) no estado do Rio de Janeiro", diz o decreto publicado no DO.
Segundo o secretário de Agricultura, Dr. Flávio, a medida permite uma resposta mais rápida em casos de novos focos de gripe aviária, sejam eles em ambiente doméstico, silvestre ou com aves exóticas. A ação também resguarda a avicultura comercial e de subsistência no território fluminense em casos suspeitos.
"A medida é protetiva pois facilita o acesso a recursos e materiais para uma pronta resposta em caso de novas notificações de suspeita da doença. Com este decreto podemos agir de maneira muito mais rápida, nossa equipe em parceria com diversos órgãos e entidades estão atentos à questão", esclareceu o secretário.
Até o momento, 16 casos de contaminação pelo virus H5N1 já foram registradas em nove cidades. Um desses casos foi encontrado em ave da espécie trinta-réis-de-bando, na Ilha do Governador, Zona Norte.

O decreto do Governo do Estado atende à portaria do Ministério da Agricultura e Pecuária, publicada no último dia 22 de maio, que também declarou a emergência em todo território nacional.

Contágio

Em comunicado da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (SEAPPA) feito em maio, especialistas da pasta esclareceram que a gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. As infecção humana pode ocorrer apenas pelo contato direto com animais contaminados.

Com isso, a orientação é evitar contato direto com aves caídas, mortas ou não, sejam elas domésticas, silvestres e migratórias, além de mamíferos aquáticos. Em caso de suspeita de animal contaminado, a população deve entrar em contato com o Núcleo de Defesa Agropecuária ou a Vigilância Ambiental do município.