Visitantes riscam e danificam árvores no Jardim Botânico, na Zona Sul do RioDivulgação
Jardim Botânico começa campanha educativa para proteção dos animais e vegetação
Visitantes estavam causando danos às árvores e alimentando animais silvestres
Rio - O Jardim Botânico do Rio dá início, nesta semana, a uma campanha educativa de preservação do meio ambiente e proteção aos animais. A medida foi tomada pela administração da instituição após constatarem danos às árvores, além de visitantes alimentarem os animais que vivem no local.
Para a conservação do patrimônio paisagístico, placas serão instaladas alertando o público sobre as proibições, além de ações nas redes sociais e também por parte dos funcionários. Também serão intensificados os alertas para que os visitantes não alimentem os animais, especialmente os macacos-pregos.
"As plantas também ficam doentes e sentem quando o ser humano risca, quebra ou faz qualquer mal a elas. Quando são muito danificadas, tendem a cair, e acabamos perdendo um exemplar importante para o meio ambiente e a conservação da natureza", diz o coordenador das coleções vivas do JBRJ, o biólogo Marcus Nadruz.
De acordo com a legislação, danificar a vegetação e alimentar animais é crime ambiental, sujeito a sanções penais contra aqueles que praticarem as ações. O Jardim Botânico é um patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Segundo a bióloga Marina Bordin, responsável pelo setor de Fauna do órgão, a comida humana interfere no comportamento e hábitos alimentares dos animais. Além disso, pode acontecer também a transmissão de doenças, muitas vezes fatais.
"É importante entender que oferecer alimentos a animais silvestres pode prejudicar a saúde deles. Além de os industrializados não fazerem parte da sua dieta, até mesmo frutas podem conter contaminantes. Além disso, se dermos alimentos a eles, os estamos condicionando a não buscar seu alimento, o que muda seu comportamento e hábito natural, colocando mais uma vez em risco a sua saúde e a da população", afirma a bióloga.
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