Médico anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante por estupro, em um hospital, na Baixada FluminenseArquivo/ Reginaldo Pimenta/Agência O Dia
Publicado 19/08/2023 11:57
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Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) marcou a segunda audiência de instrução e julgamento para ouvir as testemunhas do processo que investiga um caso de estupro cometido pelo anestesista Giovanni Quintella Bezerra, de 31 anos. A sessão será no dia 18 de setembro, às 14h, na 2ª Vara Criminal de São João de Meriti. Gioavanni está preso desde 11 de julho de 2022, acusado de estuprar uma grávida durante uma cesariana no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti, Baixada Fluminense.
O caso foi descoberto após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto. Nas imagens, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, colocava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.
Ao terminar o ato de violência, o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.
Quatro dias após a prisão em flagrante de Giovanni, o número de casos investigados como possível estupro do médico anestesista já tinha subido para 50. Giovanni ainda é réu em um processo de erro médico. Ele e outros dois profissionais são acusados de falha em diagnóstico, o que teria provocado a perda de um dedo e 23 dias de coma sofridos por uma paciente.
Giovanni está preso no presídio Pedrolino Werling de Oliveira, conhecido como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste da capital.
Primeira audiência 
A primeira audiência de instrução e julgamento de Giovanni aconteceu em dezembro de 2022. Na ocasião, a mulher, que na época estava grávida, o marido dela e outro três  integrantes da equipe de enfermagem que acompanhava o médico durante o parto foram ouvidos pelo juiz Carlos Márcio da Costa Cortazio Correa, da 2ª Vara Criminal de São João de Meriti. Muito emocionada, a vítima falou por mais de uma hora.
Registro cassado
Em março deste ano, o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) decidiu pela cassação definitiva do registro do anestesista. A sentença foi determinada, por unanimidade, durante plenária de julgamento. A cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente. Com isso, Giovanni fica totalmente impedido de exercer a medicina no Brasil.
 
 
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