Rio - O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) decidiu, nesta terça-feira (28), pela cassação definitiva do registro do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, preso em flagrante, em 11 de julho de 2022, por estuprar uma grávida durante uma cesariana no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti, Baixada Fluminense.
A sentença foi determinada, por unanimidade, durante plenária de julgamento. A cassação definitiva do registro é a penalidade mais alta, de acordo com a legislação vigente. Com isso, Giovanni fica totalmente impedido de exercer a medicina no Brasil.
A prisão de Giovanni ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo do médico colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.
No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, colocava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.
Ao terminar o ato de violência, o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.
Em 12 de julho de 2022, um dia após a prisão do médico, o Cremerj havia aprovado a suspensão provisória do registro, depois de o órgão ter tido acesso "às imagens gravíssimas" do estupro da paciente.
Giovanni ainda é réu em um processo de erro médico. Ele e outros dois profissionais são acusados de falha em diagnóstico, o que teria provocado a perda de um dedo e 23 dias de coma sofridos por uma paciente.
Quatro dias após a prisão em flagrante de Giovanni, o número de casos investigados como possível estupro do médico anestesista já tinha subido para 50.
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