Caio Moraes da Silva morreu com 20 anosReprodução

Rio - Após nove anos do crime que vitimou o mototaxista Caio Moraes da Silva, com então 20 anos, o caso vai a júri popular na próxima terça-feira (19), a partir das 13h, no 3º Tribunal do Júri.
Caio foi morto com um tiro nas costas, por um policial militar da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), no dia 27 de maio de 2014, durante uma manifestação na Grota, no Complexo do Alemão, enquanto levava uma passageira. Na ocasião, ele era morador do Loteamento, na Nova Brasília.
Durante os anos, foram realizadas quatro audiências que fizeram com que o juiz levasse o caso para o júri popular, onde o réu é o policial Jefferson Andrade dos Santos, denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Ele responde por homicídio doloso simples.
Na ocasião do crime, moradores do Alemão faziam uma manifestação contra a prisão de um homem. Traficantes atiraram contra os policiais, que revidaram. Na troca de tiros, o mototaxista acabou morto.
O protesto no Alemão reuniu cerca de 50 moradores contra a apreensão de um menor acusado de envolvimento com tráfico. Na época, os manifestantes com cartazes interromperam o trânsito e caminharam pela Rua Joaquim de Queiroz, Estrada do Itararé e Avenida Itaoca, as três principais vias do complexo.
Santos estava com mais dois policiais que, de acordo com depoimentos, teriam sido encurralados por criminosos dentro de uma padaria. Os agentes alegaram terem ouvido diversos tiros e ainda disseram ter visto manifestantes armados.