João Pedro Pinto, de 14 anos, morreu durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São GonçaloDivulgação

Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) dá continuidade, nesta quarta-feira (13), à audiência de julgamento do caso João Pedro e ouve os policiais civis Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando Meister. Os três são réus no caso que investiga a morte do adolescente de 14 anos.
Após mais de três anos da morte de João Pedro, os policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) estão sendo ouvidos no no Fórum de Alcântara Juíza Patrícia, em São Gonçalo, onde a audiência acontece desde às 11h. Além deles, uma testemunha de defesa também vai prestar depoimento.
Esta é a sexta audiência judicial de instrução processual do caso, onde os três policiais respondem por homicídio e fraude processual. No último dia 2 de agosto, a justiça realizou a quinta sessão do caso, onde seis testemunhas prestaram depoimento.
Na ocasião, foram ouvidos o delegado Alan Duarte, na época titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) e responsável pelas investigações, o policial civil Wagner Carvalho, que participou da operação no Complexo do Salgueiro; o subcoordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) Augusto Motta Buch; o perito do Ministério Público do Rio (MPRJ) Márcio Borges Coelho, o delegado de polícia Bruno Cleuder de Melo; e Renata Bressan, promotora que representava o MPRJ na operação.
A sexta audiência, que deve ser a última do caso, a expectativa é que, após os réus serem ouvidos, aconteça o pronunciamento da juíza, que poderá decidir em até 90 dias se seguirá para júri popular.
Relembre o caso
João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, jogava videogame com mais cinco amigos na casa do tio, quando, segundo testemunhas, os agentes entraram atirando. O adolescente foi atingido por um disparo de fuzil na barriga e socorrido de helicóptero, mas não resistiu aos ferimentos.
Na época, seu corpo chegou a ficar desaparecido, sendo encontrado horas depois pela família no Instituto Médico Legal (IML). Investigações apontaram ainda que a casa do tio do jovem, onde ele estava quando foi atingido, ficou com mais de 70 marcas de tiros.