Enfermeira do Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói, responde por homicídio contra bebê de seis mesesDivulgação
Justiça marca audiência de enfermeira acusada de matar bebê queimado em hospital de Niterói
Mariana Pinheiro de Souza foi indiciada por homicídio após dar um banho com água a 50°C na criança. Caso aconteceu em agosto de 2020, em Niterói
Rio - O Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ) vai realizar, na próxima terça-feira (19), uma nova audiência sobre o caso da bebê J.D.A, de 6 meses, que morreu após ter o corpo queimado no Hospital Municipal Getúlio Vargas Filho, o Getulinho, em Niterói. A criança morreu em agosto de 2020 e, segundo a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), o fato aconteceu após a enfermeira Mariana Pinheiro de Souza dar um banho com água a 50°C. Ela foi indiciada por homicídio e aguarda o julgamento em liberdade.
A sessão será realizada na 1ª Vara Criminal de São Gonçalo, às 13h30. Entre as testemunhas aguardadas estão a mãe, pai e avó materna da criança. Adilene, avó da criança, demonstrou preocupação com a possibilidade da enfermeira Mariana ser absolvida da acusação. "Queremos justiça porque essa enfermeira pode ser absolvida. Até hoje não sabíamos nem o nome dela", desabafou.
De acordo com a investigação, a menina teve 37% do corpo queimado quando estava internada na unidade de saúde. J.D.A morreu dez dias após o episódio. A enfermeira Elaine Machado Lopes também foi indiciada por omissão de comunicação do crime, uma vez que ela soube do fato e não comunicou o ocorrido.
A bebê havia sido internada no hospital com um quadro de pneumonia, no dia 20 de agosto de 2020. À época do caso, Luara dos Santos, de 26 anos, mãe da criança, explicou que desde o nascimento sua filha passava por seguidas internações em decorrência de uma meningite, além de também ter microcefalia.
Segundo a denúncia, a enfermeira teria colocado a criança para tomar banho sem checar a temperatura da água, que no momento estava em cerca de 50°C. As queimaduras atingiram 38% do corpo da bebê, as costas, nádegas, pernas e barriga da bebê. J.D.A morreu dez dias após o ocorrido.
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