Durante dias quentes, o risco de aumento da temperatura corporal do animal é maiorPixabay

Rio - A última semana do inverno deve ser de muito calor no Rio de Janeiro, com máxima prevista de 38°C. Neste cenário, o cuidado com o bem estar dos animais deve ser redobrado, já que o risco de hipertermia, aumento da temperatura corporal, é maior e pode causar desmaios, convulsões e até a morte dos bichinhos.
Em entrevista ao O DIA, Diogo Alves, médico veterinário e presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária do estado do Rio, que entre os pets, o calor traz riscos ainda maiores para animais obesos, para cachorros com pelagem densa, como bernese e husky siberiano, e para as raças de focinho curto, como boxer, buldogue e pug, além dos gatos persas, que já respiram com dificuldade em condições normais.
"Aconselho também que os passeios sejam realizados e períodos do dia em que o sol não esteja tão forte, como antes das 8h ou depois das 18h no verão. O contato da patinha com o asfalto quente pode causar queimaduras severas, mas o uso de sapatilhas para cães não é indicado", disse.
É importante também manter o pet hidratado durante todo o dia, sempre com água limpa, fresca e disponível.
"Para isso, pode-se aumentar o número de bebedouros pela casa e até dispor de modelos que tenham movimento de água para estimular a ingestão e consumo, principalmente de gatos", adicionou.
Confira outros cuidados indicados:
- Banhos e tosa regulares
- Nunca deixar o pet sozinho no carro
- Utilizar filtro solar nos animais
- Não deixar a ração exposta ao sol
Zoológico do Rio adota medidas especiais
Procurada pela reportagem, a equipe de Bem-estar Animal do BioParque do Rio, no Parque da Quinta da Boa Vista, na Zona Norte, informou que, em dias quentes, prepara picolés para os animais do zoológico, de sabor sangue para os carnívoros, e de frutas para herbívoros e onívoros.
A equipe de manejo do parque planeja ainda a ambientação dos recintos, o que garante ao animal o poder de escolha de permanecer em áreas sombreadas ou iluminadas.