Leonardo da Silva Bastos, 41 anos, está desaparecido desde o dia 6 de setembroDivulgação

Rio - Angustiados, familiares e amigos do técnico de reparador de manutenção Leonardo da Silva Bastos, 41 anos, desaparecido há duas semanas, buscam respostas sobre o paradeiro dele. O homem foi visto pela última vez saindo de um bar na Central do Brasil, no Centro do Rio, por volta das 20h do dia 6 de setembro. Segundo o sobrinho Yure Laurente, de 26 anos, o tio havia saído do trabalho e parado no bar Beco do Chopp antes de voltar para casa. A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) investiga o caso.
Durante os 14 dias de desaparecimento, a família de Leonardo fez buscas por hospitais e IMLs. A família critica a falta de celeridade nas investigações da DDPA, que, segundo eles, ainda não entrou em contato para falar sobre as buscas.
Três dias depois de perderem o contato com o técnico, a família de Leonardo descobriu que o RioCard do técnico de manutenção foi usado três vezes após o seu desaparecimento. De acordo com dados obtidos no histórico do cartão de transporte de Leonardo, o RioCard foi usado no início da manhã do dia 7, no ônibus 232 (Lins x Central) e, logo em seguida, na linha 292 (Engenho da Rainha x Castelo). Às 6h31 do mesmo dia, o bilhete foi usado para entrar em uma barca da Praça XV, no Centro do Rio, sentido Niterói.
O sobrinho diz que a Polícia Civil ainda não foi atrás das imagens das câmeras de segurança das Barcas. "Ainda não conseguimos as imagens das barcas para ver se foi ele realmente que usou essa última passagem. É muita aflição e uma angústia enorme, pois não temos um norte e não sabemos o que realmente aconteceu ou está acontecendo com ele", desabafou Yure. Leonardo mora com a família no bairro Almerinda, em São Gonçalo, e não tinha o costume de fazer o itinerário registrado no histórico do RioCard.
A mulher do técnico de manutenção, Luana Laurente, publica diariamente em suas redes sociais o cartaz que pede informações sobre o paradeiro do trabalhador. "Já vai pra quase 15 dias sem nada, sem uma pista do que exatamente está acontecendo. Eu só quero uma notícia só isso", lamentou Luara. Outros amigos do procurado também continuam as correntes de compartilhamento da foto dele nas redes sociais. "Quanto mais pessoas compartilharem, mais chances temos de encontrá-lo", pediu um amigo.
No dia 11 de setembro, a DDPA informou que as investigações estavam em andamento. Questionada nesta quarta-feira (20) sobre as buscas e solicitação de câmeras de segurança, a especializada ainda não retornou.
Relembre o desaparecimento
Era véspera de feriado da Independência do Brasil e Leonardo vestia camisa rosa, calça jeans e uma mochila cinza. O técnico trabalha em uma empresa, filial da Petrobrás, no Centro do Rio e encerrou o expediente às 16h54 do dia 6.
Às 17h50, o reparador de manutenção entrou em contato com a mulher dele avisando que estava voltando para casa, mas parou para beber cerveja em um bar conhecido como Beco do Chopp, na Central. Leonardo mora com a mulher e os dois filhos, um de 9 anos e outro de 8, no bairro Almerinda, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, e não tem o costume de desaparecer.
O sobrinho do desaparecido, Yure Laurente, de 26 anos, contou ao DIA que foi até o bar e conversou com o garçom que atendeu o tio. O funcionário disse que Leonardo tomou algumas cervejas sozinho, pagou a conta e saiu, sem aparentar estado de embriaguez.
"Ele também mandou uma foto para um colega, ainda no bar, escrito "carreira solo". O funcionário do bar disse que ele ficou até às 20h sozinho, pagou a conta e foi embora. Estamos achando estranho, pois essa não era uma prática dele", observou Yure.
A família faz buscas desde às 9h de quinta-feira (7) por Leonardo em hospitais de São Gonçalo e Niterói, na Região Metropolitana do Rio, e também em hospitais da cidade do Rio. Parentes já fizeram buscas em IML's do Rio e São Gonçalo. O celular do reparador está desligado, mas a foto no aplicativo de mensagens ainda aparece. "O Leonardo é uma pessoa calma, tranquila, sempre pronto para ajudar o próximo. Onde chega faz amizades, não tem inimigos, é um paizão. A gente quer saber o que aconteceu com ele", disse Yure.
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