Durante as ações de fiscalizações, foram identificadas diversas irregularidades nos pátiosDivulgação

Rio - O Departamento de Transportes Rodoviários (Detro-RJ) não vai mais fornecer reboques para operações que não sejam do próprio órgão. O anúncio, feito nesta segunda (25), aconteceu durante audiência pública realizada pelas comissões de Combate à Desordem Urbana, Transportes e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
A decisão foi tomada após ações de fiscalizações realizadas em blitzes e pátios de veículos apreendidos, nos quais foram identificadas diversas irregularidades.
Durante a audiência pública, a vice-presidente do Detro, Eneida Ferreira da Silva Paz, alegou ter ficado surpresa quando a empresa APL informou não possuir reboques, mesmo sendo contratada para prestar o serviço de remoção de veículos apreendidos.
Os deputados que integram a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Alerj voltaram a relatar que estão recebendo vídeos e reclamações sobre abusos cometidos nas blitzes de trânsito.
Diante disso, a representante do Detro comunicou a decisão do órgão de não mais participar de operações via contratos e convênios utilizados pela APL e outras empresas que operam os pátios para onde são levados os veículos apreendidos.
“Fomos tão surpreendidos quanto os deputados. Vamos oficiar as empresas que não haverá mais remoção via APL ou contrato Detro em nenhum convênio ou acordo de cooperação técnica existente, apenas em operações do Detro”, afirmou a vice-presidente Eneida Paz.
Na última quarta-feira (20), o governador Cláudio Castro anunciou a criação de um estatuto para regular as blitzes no Estado do Rio. O documento vai trazer normas e regras a serem seguidas por policiais e agentes de trânsito durante operações de fiscalização. Durante seu pronunciamento, Castro afirmou reconhecer que a população está sofrendo com problemas relacionados às blitzes, seja por falha dos agentes de segurança ou normativa.