Caminhoneiros realizam protesto contra o roubo de cargasReprodução / TV Globo
Rio registra 30% de todos os roubos de carga do país até julho, aponta relatório
Produzido por empresa de gerenciamento de riscos, levantamento identificou que a maior parte dos crimes é praticado contra transportadoras de alimentos e bebidas
Rio - Um relatório divulgado nesta quarta-feira (27) por uma empresa de gerenciamento de riscos revela que o Rio registrou 30% de todos os crimes de roubo de carga praticados no país sete primeiros meses de 2023. Segundo levantamento da Overhaul, o território fluminense sozinho apresentou um aumento de 17,3% nos índices de violência de janeiro a julho, em relação ao mesmo intervalo do ano anterior.
O relatório "Brasil: Relatório Trimestral de Roubo de Carga” revela que a maior parte desses crimes praticados no Rio atingiu veículos que transportavam alimentos e bebidas.
Ao todo, 75% dos roubos contra esse tipo de carga foi praticado nas estradas e ruas do estado, com destaque negativo para a capital e as cidades de Duque de Caxias e São João de Meriti, na Baixada Fluminense, que juntos acumulam 67% desse número.
Roubo de carne
Ainda segundo o levantamento, a maior parte dos assaltos contra caminhões e veículos de transporte ocorreu em dias úteis, sendo a quarta-feira o dia mais crítico, com 29% de todos os registros. As cargas com carne eram as mais visadas, com 10% de todos os crimes praticados.
O relatório também revela quais são as vias mais perigosas para o transporte de cargas. De acordo com os dados, 92% dos eventos ocorreram nas proximidades de áreas onde há atividade de facções criminosas. Em Duque de Caxias, as vias com mais registros foram as rodovias Washington Luiz (BR-040), Arco Metropolitano (BR-493) e Rio-Magé (BR-116), enquanto no capital, os assaltos ocorreram principalmente na rodovia Presidente Dutra, BR-040 e Avenida Brasil.
Por outro lado, o balanço atual do Instituto de Segurança Pública (ISP) indica que houve uma queda no número de casos no Rio. Entre janeiro e agosto deste ano, foram registrados 2.380 casos, contra 2.544 casos no mesmo período em 2022. O número representa uma redução de 6,4% no indicador. Somente no mês de agosto, a redução verificada pelo instituto foi de 57,3% na comparação entre os dois anos.
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