Rio - A deputada estadual Lucinha (PSD-RJ) foi abordada e obrigada a levar criminosos em seu carro, na manhã deste domingo (1°), quando estava em um sítio na Zona Oeste do Rio. De acordo com informações da Polícia Civil, ela teve de dirigir com os bandidos dentro do veículo até a Vila Kennedy, mas foi liberada na sequência. O caso é investigado pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco).
A parlamentar estava em um sítio no Rio da Prata, em Campo Grande, quando um grupo de homens armados invadiu o local e rendeu seus seguranças. O grupo estaria fugindo de uma comunidade que fica próximo ao espaço de eventos.
Após a abordagem, Lucinha foi obrigada a levar os criminosos no seu próprio veículo, um carro oficial da Assembleia Legislativa do Rio, em direção à comunidade da Vila Kennedy. Ao chegar no local, a parlamentar foi libertada pelos bandidos e já se encontra em casa.
O carro dirigido pela parlamentar foi encontrado, pouco depois, por equipes do 14° BPM (Gericinó) que foram alertados para o caso.
O sítio onde Lucinha estava sediaria sua festa de aniversário de 63 anos, neste domingo, mas a comemoração acabou sendo cancelada por conta da chuva.
Em nota, a equipe de Lucinha informou que a parlamentar está bem. “Informamos a todos que a deputada Lucinha se encontra bem e em segurança. Agradecemos toda a preocupação e carinho de todos”, afirmou a assessoria da deputada.
A parlamentar é muito conhecida na Zona Oeste e também é mãe do secretário do Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida do Rio, Júnior da Lucinha (PL).
Procurada pelo O DIA, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro disse que o presidente Rodrigo Bacellar mandou uma equipe de segurança da Casa até a residência de Lucinha acompanhar o caso e prestar apoio e solidariedade à parlamentar. Bacellar fez questão de destacar a coragem da deputada que se colocou à frente da equipe dela.
"O debate sobre Segurança Pública faz parte da pauta da Alerj, inclusive com o fortalecimento do Conselho Estadual de Segurança Pública, que tem defendido um amplo debate em sintonia com a participação de diversos setores da sociedade", disse em nota.
A Polícia Civil informou que o caso foi registrado 35ª DP (Campo Grande), onde foi iniciada a investigação. Em seguida, o caso foi transferido para a Draco, que ficará responsável por identificar os responsáveis pelo crime.
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