Agentes do Bope apontando arma para casa de morador da MaréRede Social
Imagens que circulam nas redes sociais mostram uma casa foi completamente revirada na Vila do João, que é alvo da operação Maré. A denúncia aponta que a invasão ocorreu ainda nesta quarta (11). "Ontem foram na casa da minha amiga, falaram que ela era mulher de bandido, hoje foram lá de novo e fizeram maior zona, quebraram tudo na casa dela", diz uma postagem sobre o caso.
Na segunda (9) novas imagens apontam que outra residência foi revirada, mas dessa vez na Nova Holanda. Outra imagem das operações mostra ainda policiais do Bope apontando um fuzil para dentro da casa de um morador do Complexo da Maré.
Durante a coletiva na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, no Centro do Rio, na manhã desta quarta (11), Castro reforçou que os policiais envolvidos em casos como estes serão punidos.
"Nossa corregedoria tem punido muito através do 190, denuncie mesmo, porque um mal policial não terá ninguém que passe a mão na cabeça dele, se ele cometer abusos e erros ele será tão punido quanto criminosos. O policial tem que fazer o trabalho dele dentro da lei, até por isso ele tem as câmeras que inibe demais isso, o policial não sabe se está sendo monitorado ao vivo ou não, mas sabe que tá sendo gravado, então isso é um inibidor claro de situações como essa, mas havendo denúncias nosso papel é punir o policial que tenha feito", disse.
O procurador-geral da Justiça Luciano Mattos disse ainda que os canais do Ministério Público no site estão abertos 24h para receber denúncias de moradores.
O trabalho integrado das forças de segurança durante esses dois dias já teve como resultado a prisão de 17 criminosos, apreensão de mais de meia tonelada de maconha e drogas sintéticas, assim como de 100 quilos de pasta base de cocaína. Armas e 98 veículos também foram apreendidos, além de 10 toneladas de barricadas terem sido retiradas das ruas.
Os moradores da Maré também ganharam de volta o acesso à piscina do Complexo Esportivo da comunidade. A Secretaria de Administração Penitenciária (SEAP), que é parceira na ação, confiscou 58 aparelhos celulares em Bangu 3 e 4.
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