Todo o material foi apreendido na casa do suspeito, em Campos Divulgação / Polícia Civil

Rio – Agentes da 146ª DP (Guarus) apreenderam, com apoio de policiais militares, armas de fogo, munições e maquinário para recarga de cartuchos na casa de um suspeito de homicídio, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, na manhã desta sexta-feira (13). A ação aconteceu durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.
Segundo a Polícia Civil, na ação desta sexta, foram apresentadas as documentações de CAC (caçador, atirador e caçador) tanto do investigado quanto de sua companheira. No entanto, as investigações apontaram que Taylor Ribeiro de Carvalho vendeu uma espingarda calibre 12 de maneira irregular. A instituição informou que ele e a mulher não tinham autorização específica para recarga de munições, o que configura crime pelo Estatuto do Desarmamento.
A Polícia Civil informou que o material será submetido a confronto balístico e que vai investigar se o suspeito e a sua companheira frequentavam o Clube de Tiro de São Fidélis, também no Norte Fluminense, conforme informado à corporação. Os agentes também vão apurar se o casal possui vínculos com grupos de criminosos da região.
Sobre o crime
Taylor Ribeiro de Carvalho é suspeito de matar a tiros o auxiliar de serviços gerais Guilherme Barreto Lins, de 27 anos, nesta quinta-feira (12), no bairro Parque Visconde de Ururai, em Campos.
Segundo o delegado titular da 146ª DP, Carlos Augusto da Silva, a principal hipótese para a motivação do crime seria uma desavença relacionada à filiação da criança. Isso porque Guilherme registrou o nascimento de uma criança, cujo Taylor é o pai biológico.
De acordo com o depoimento de um irmão da vítima, Guilherme e Taylor tiveram uma briga por causa do registro há cinco anos. Ambos se relacionavam com a mesma mulher na época, quando ela engravidou. O auxiliar de serviços gerais pensou que o filho era dele e registrou a criança, mas na verdade Taylor é o pai biológico. Na briga, Guilherme chegou a quebrar o carro de Taylor. O irmão da vítima ainda contou que sua família não sabia que ele continuava se relacionando com essa mulher e que a família não aprovava o casal.
A Polícia Civil já apurou que o carro utilizado no homicídio, uma Mercedes branca, é o mesmo veículo utilizado pelo investigado. Na ação desta sexta-feira (13), Taylor não foi encontrado na residência.
Seu pedido de prisão temporária, requerido judicialmente, foi indeferido. O juiz Olavo Mauro Nobre entendeu que, até o momento, o que foi apresentado pela investigação não é necessário para decretar a prisão do suspeito. Mesmo assim, ele autorizou o mandado de busca e apreensão cumprido nesta sexta e a quebra do sigilo telefônico de Taylor.
A Civil disse que poderá reaver a solicitação, caso haja necessidade para as investigações. A mãe do menor, companheira do suspeito não é investigada, mas será intimada à prestar depoimento.
 
*Reportagem da estagiária Bruna Bittar, sob supervisão de Romulo Cunha