Além de instrutores e psicólogos, o projeto fornece pranchas e equipamentos de segurançaDivulgação
Projeto 'Surf Praia para Todos' promove aulas gratuitas e democratiza acesso ao esporte
Além de instrutores e psicólogos, o programa fornece pranchas e equipamentos de segurança
Rio - O projeto "Surf Praia Para Todos" pretende promover a inclusão social, a integração por meio do esporte e democratizar o acesso ao surfe nas praias do Arpoador e de São Conrado, na Zona Sul. Lançada em 21 de junho com aulas gratuitas, a iniciativa já atende 240 cariocas, entre mulheres, jovens em situação de vulnerabilidade, idosos e pessoas com deficiência das comunidades da Rocinha, Cantagalo e Pavão-Pavãozinho.
Maria Santos, de 53 anos, mora na Rocinha e demonstrou sua satisfação em fazer parte do programa. "Estou muito feliz com esse projeto, pois está sendo uma oportunidade para nós, da comunidade, que não temos acesso a quase nada. Antes eu só via na televisão. Sou fã do Gabriel Medina e de tantos outros surfistas maravilhosos e das mulheres também, claro. Sei que, com a minha idade, não tenho chances de me tornar uma competidora, mas posso surfar e me divertir", contou Maria.
O projeto, concebido como um laboratório educacional gratuito, fornece todos os materiais necessários, incluindo pranchas e equipamentos de segurança. Além disso, conta com uma equipe composta por produtores, coordenadores locais, instrutores esportivos, assistentes de produção, fotógrafos, salva-vidas e psicólogos.
Uma pesquisa divulgada pelo Ibobe Repucom revelou que 53 milhões de brasileiros têm interesse pelo surfe, impulsionados pelo campeão Gabriel Medina e pelas realizações da Geração Brazilian Storm. No entanto, os custos elevados da prática esportiva têm desencorajado e apenas 5,5 milhões de pessoas praticam o esporte, sendo que as mulheres representam menos de 10% desse número.
Romeu Andreatta, presidente de honra da ABIEP (Associação Brasileira da Indústria dos Esportes com Prancha) e idealizador do Surf Praia Para Todos explicou sobre o projeto. "O surfe é reconhecido como um agente de benefícios físicos e mentais, associado a uma imagem inspiradora de superação, qualidade de vida e respeito ao meio ambiente. Esses elementos se combinam para criar uma poderosa ferramenta de transformação social," avaliou. "Estamos muito felizes com a aceitação que o projeto vem tendo nas comunidades. Nossa ideia é realmente proporcionar uma ferramenta social democratizando o surfe", concluiu.
O Surf Praia Para Todos é viabilizado pela parceria com a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj), vinculada à Secretaria de Estado da Casa Civil, que destina anualmente até 70% de seus lucros a projetos sociais. Todas as atividades são gratuitas e destinadas às mulheres jovens, idosos e pessoas com deficiência que têm interesse em aprender a surfar e se desenvolver como cidadãos.
Mesmo com todas as vagas preenchidas, as inscrições ainda estão abertas neste site, pois uma posição pode reabrir em caso de desistência. Só podem se inscrever moradores das comunidades selecionadas para esta edição: Rocinha, Cantagalo e Pavão-Pavãozinho.
Gabriel Medina visitou o projeto
Na última quarta-feira (11), o tricampeão mundial de surfe, Gabriel Medina, visitou o projeto na praia de São Conrado. O surfista comprou, recentemente, uma casa no bairro para aproveitar o intervalo do Circuito Mundial de Surfe e treinar nas ondas do Rio de Janeiro. Na visita, Medina tirou fotos com os alunos e elogiou o Surf Praia Para Todos.
Serviço:
Quando: segundas, quartas e sextas-feiras
Três turmas em horários distintos: 8h às 9h; 9h às 10h; 10h às 11h; 11h às 12h
Local: Praia de São Conrado, altura do Posto 13, e Praia do Arpoador.
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