Rio - O imóvel que desabou parcialmente no dia 8 deste mês, na Travessa do Comércio, no Centro do Rio, segue interditado desde então. O prédio, que faz parte do Arco dos Teles, área que compõe a história da capital, é tombado pelo Instituto Patrimônio Histórico Nacional (Iphan).
O incidente ocorreu no segundo andar do casarão, localizado no número 19. A casa estava fechada e um segurança morava e tomava conta do local. Edimir da Silva Medeiros disse que já havia alertado os responsáveis diversas vezes sobre uma árvore na parede que ameaçava a estrutura.
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"Por volta das cinco da manhã, estava chovendo muito, eu fui descansar e me senti meio mal. Resolvi descer para a escada e nisso ouvi um estalo e tudo começou a desabar em seguida", disse.
Parte de imóvel desaba no Centro do Rio.
Estrutura do casarão, localizado na Travessa do Comércio, 19, caiu neste domingo (7).
Procurada, a Defesa Civil informou que houve uma nova vistoria no local na última sexta-feira (13) e que os serviços de eliminação de risco prosseguem. O órgão explicou que, tão logo os escombros sejam removidos de dentro das edificações, responsabilidade do proprietário, o dono deve providenciar a contração dos serviços de escoramento nos remanescentes da fachada com urgência.
"Reiteramos ser a única forma de preservar os remanescentes dessas edificações que compõe o conjunto arquitetônico do Arco do Teles. A área permanece isolada em função do risco", disse em nota.
Sobre os escombros na Travessa, a Defesa Civil destacou que houve uma sugestão para que eles não fossem retirados em busca de evitar a circulação de pedestres próximo do imóvel.
Prédio de agência dos Correios segue sem reparos
Outro desabamento que ocorreu no Centro do Rio foi o de parte de uma marquise da agência central dos Correios, na esquina da Travessa Tocantins com a Rua Visconde de Itaboraí. A estrutura desabou no dia 25 de maio deste ano e até o momento não houve qualquer tipo de reparo.
Marquise da agência Central dos Correios desaba no Centro do Rio.
A Defesa Civil Municipal interditou a calçada do local para evitar que algum passageiro ou um veículo que passe pela rua seja atingido por destroços. A área segue interditada até então esperando os reparos do proprietário.
Na época do desabamento, a empresa afirmou que o escoramento da marquise e instalação de redes de proteção já estavam sendo providenciados para início dos serviços de reparo e que a Defesa Civil já havia retirado as partes da marquise que poderiam se desprender.
Questionada nesta terça-feira (17), a empresa explicou que o projeto de restauro está em fase de aprovação nos órgãos públicos e concessionárias e que o imóvel permanece vazio.
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