A menina recebeu alta nesta quinta-feira (19) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do RioReprodução

Rio - A menina Maya Mello Andrade do Nascimento, de 6 anos, que teve 30% do corpo queimado em um incêndio que matou o seu pai, teve alta nesta quinta-feira (19) do Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, após mais de dois meses de internação. Ela foi salva das chamas do apartamento onde morava, no Anil, Zona Oeste do Rio, em julho pelo fisiculturista Hugo Sérgio Pereira do Nascimento, que não resistiu aos ferimentos.
Ao DIA, Larissa Mello Viana, mãe da menina, contou que a alta era muito aguardada por ela e pela família. Agora, o momento é apenas de felicidade depois de tempos tão difíceis. 
"Estamos todos muito felizes. Estávamos em uma expectativa muito grande pra esse dia. Ela também estava ansiosa e está muito feliz. Maya é um milagre. Ela é muito guerreira e forte. Passamos por muitas coisas, momentos muito difíceis, mas nunca deixamos de acreditar que seria possível. Sou muito grata a todos que fizeram parte desse momento, que nos ajudaram a passar por essa etapa, as pessoas de bem, que torceram pela nossa vitória. E hoje estamos aqui, em casa e prontas pra essa nova fase", comemorou.
A saída do hospital foi registrada pela mãe da menina nas redes sociais. Em vídeos postados no Instagram, Maya aparece deixando a unidade de saúde de cadeira de rodas, cantando e dando um beijo na mãe.
"Vencemos! Obrigada a todos que sempre tiraram um tempinho para orar pela minha Maya. Obrigada meu Deus! O dia que tanto esperamos. Minha guerreirinha! Você é sinônimo de fortaleza, filha. Que orgulho de ser sua mamãe. Se não fosse para te ver bem, eu não teria tanta disposição de encarar os desafios dessa vida. Minha força vem do alto e de você. Te amo mais que tudo!", publicou.
Sua alta estava sendo aguardada pela família nesta semana, conforme anunciou a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) na terça-feira (17). Devido aos ferimentos, o órgão informou que a menina continuará sendo acompanhada após alta em visitas médicas.
A criança teve queimaduras no rosto e nos braços no incêndio no dia 29 de julho, quando deu entrada em estado grave no Souza Aguiar. Com o passar dos meses, ela foi melhorando. A menina já havia voltado a falar e se mexer com mais facilidade no final do mês de setembro.
Segundo o laudo da Polícia Civil, o incêndio no apartamento foi causado por um acidente termoelétrico. O fogo teve início em uma instalação elétrica com cabeamento de extensão para múltiplas tomadas, na sala da residência, próximo à televisão.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou que o fisiculturista Hugo Sérgio morreu por inalação de fumaça quente e fuligem. Ele entrou na residência para salvar a filha, a mulher e o cachorro, mas não conseguiu sair. De acordo com os peritos, o homem teve queimaduras de terceiro grau em 100% do corpo e queimadura nas vias aéreas.