Raphaela foi encontrada morta na sexta-feira (27), em Santa CruzDivulgação / Disque Denúncia

Rio - O Disque Denúncia divulgou um cartaz, neste domingo (29), pedindo informações que levem à identificação dos envolvidos na morte de Raphaela Salsa Ferreira, de 38 anos. Ela foi levada por criminosos, na noite da última quinta-feira (26), quando chegava em casa, na Praça Seca, Zona Oeste do Rio. Seu corpo foi encontrado carbonizado no dia seguinte, em Santa Cruz, também na Zona Oeste.
Raphaela fazia curso de Enfermagem no Centro de Ensino e Práticas Médicas (Cepramed), no Pechincha. Uma amiga de classe, que que preferiu não se identificar, contou à reportagem do DIA como era a rotina da vítima. Raphaela já havia cursado Radiologia, mas estava desempregada.

“Nos conhecemos no curso, e a amizade se estreitou porque ela vinha para casa comigo e outra amiga para evitar de andarmos sozinhas. Ela tinha boa convivência com todos, era boa aluna. Sei que estava desempregada. Não sei como vai ser o retorno das aulas, o lugar dela vai ficar vazio na sala”, afirmou.

Divorciada e mãe de quatro filhos, sendo um deles uma bebê de 1 ano, Raphael era muito apegada à família, como conta a amiga. "Estava feliz com a mais velha, que havia se formado. Também era muito amiga da que tem 15 anos, ela a ajudava muito. Estava orgulhosa com o menino que se empenhando no esporte e era apaixonada pela bebê, ela que era o ‘grudinho’ dela. Ela era muito apegada aos filhos”, completou.

Outro colega do curso, que também preferiu não se identificar, relatou como a vítima era feliz e bem-humorada. “Ela era sorridente, me fez sorrir muitas vezes, me deu muitos conselhos. Tivemos muitos momentos bons. Em praticamente todos os trabalhos na sala de aula eu era a dupla dela."

A tia da vítima, que teve a identidade preservada, contou que ela voltava do curso para casa, na Praça Seca, por volta das 21h20, a bordo de um carro de aplicativo. Ao descer do veículo e tentar entrar na residência, um outro automóvel apareceu e a pegou. "Nós, a família, fomos atrás de imagens de câmera de segurança. Depois que conseguimos as imagens, descobrimos que tinha um carro seguindo ela desde o curso", revelou.

Ainda segundo a tia, o laudo do IML constatou que a causa da morte foi por asfixia, e, em seguida, o corpo foi queimado. Ela foi reconhecida pela arcada dentária e por algumas tatuagens que tinha feito. A família afirma que não sabia de nenhuma inimizades e ou histórico de relacionamentos conturbados da vítima. Ainda não há informações sobre o enterro.
Procurada, a Polícia Civil afirmou que "de acordo com a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o corpo de Raphaela Salsa Ferreira, de 38 anos, foi identificado por meio de exame de papiloscopia (impressão digital) e reconhecimento dos familiares. Investigações estão em andamento para esclarecer todos os fatos”.
A família ainda não havia divulgado informações sobre o velório e o enterro até o fechamento do texto.
 
*Reportagem do estagiário Lucas Guimarães, sob supervisão de Raphael Perucci