Corpo de Bombeiros atua por terra, água e ar para encontrar a idosa Pedro Ivo / Agência O Dia

Rio – O Corpo de Bombeiros entrou, nesta segunda-feira (30), no quinto dia consecutivo de buscas pela idosa Maria do Carmo Basílio, que caiu no Canal do Caboclo, em Duque de Caxias, na manhã de quinta-feira (26). A vítima, de 78 anos, foi arrastada pela correnteza após parte de um muro de sua residência desabar em cima passagem de água.
A corporação atua em três frentes, por terra, ar e água, utilizando militares, drones e embarcações, que percorrem a extensão do canal, além do Rio Pavuna, que desagua na Baía de Guanabara a cerca de dois quilômetros do local do acidente. Segundo os bombeiros, os trabalhos para encontrar Maria seguem ininterruptamente, sem previsão de término.
A idosa mora na Avenida Doutor Manoel Teles, às margens do canal. Segundo sua sobrinha, Valéria Dias, a idosa reclamava constantemente das condições da residência, que foi se deteriorando no decorrer das obras realizadas no córrego, que fica nos fundos da casa.
“Desde que começou essa obra que ela reclama que precisava de uma assistência. Falava que o engenheiro da obra iria falar com ela, iria dar uma ajuda. Aqui era cheio de casa, mas a dela não entrou na indenização. Porém, com o decorrer da obra, foi ficando danificada”, contou.
De acordo com a Secretaria Municipal de Urbanismo da Prefeitura de Caxias, a pasta fez contato com a proprietária do imóvel em três ocasiões em busca de um entendimento. O objetivo seria desapropriar o muro de fundos da residência para a realização da obra de macrodrenagem no canal.
“Todas essas casas ao longo do Canal Caboclo foram demolidas e foram interditadas pela Defesa Civil para a obra de canalização do canal. A segunda fase, que pertence ao estado, todas as casas estiveram na beira do rio e estiver na área de risco, vão ser interditadas e as famílias vão ser assistidas juntamente com o Ministério Público e com a Defensoria Pública”, explicou André Xavier, superintendente de Defesa Civil de Caxias, durante uma visita ao local do acidente.
Valéria, no entanto, afirmou que a família da vítima não foi comunicada sobre a interdição da casa e que não foram procurados pelas autoridades responsáveis pela obra. Ela também contou que Maria do Carmo já havia alugado uma casa para sair do local, mas não deu tempo de realizar a mudança.