Segundo o Tribunal de Justiça, Luiz Tassinare era réu por tentativa de homicídio qualificadoDivulgação / TJRJ

Rio - Luiz Matheus Verly Tassinare, de 28 anos, morto na saída de uma boate em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, era réu por tentativa de homicídio qualificado e iria a júri popular. Além disso, segundo o Tribunal de Justiça do Rio (TJRJ), Luiz chegou a ser acusado de violência doméstica, mas o processo foi arquivado em 2021.
Em nota, o TJRJ informou que, em maio deste ano, Luiz Tassinare também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo. Na madrugada desta sexta-feira (3), o homem estava saindo de uma boate, no bairro da Posse, quando foi atacado a tiros. No local, Beatriz Martins de Araújo, de 25 anos, também foi baleada e morreu no Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI).
Segundo a Polícia Civil, a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga as mortes. "Diligências estão em andamento para apurar a autoria e a motivação do crime", diz a nota.
Sete mortes em Nova Iguaçu
Sete pessoas foram mortas entre esta quarta (1), quinta (2) e sexta-feira (3) em Nova Iguaçu. A DHBF está investigando essas mortes, que aconteceram nos bairros da Posse, Grama, Comendador Soares e Austin. Além de Luiz Tassinare e Beatriz de Araújo, a Polícia Civil conseguiu identificar outras três pessoas.
Na quarta-feira, no bairro Grama, Maycon da Silva Lima, 25, e Wilson Dias, 28, foram encontrados mortos. Os corpos estavam próximos ao Centro Integrado de Educação Pública (CIEP) 351 Ministro Salgado Filho. Também na noite de quarta-feira, o fisioterapeuta Vitor Paulo Sequeira, de 55 anos, estava em um bar na Rua Tibiriçá, em Comendador Soares, quando foi morto a tiros. O homem foi sepultado nesta sexta-feira (3), no Cemitério Municipal de Nova Iguaçu.
Em Austin, dois homens, que ainda não foram identificados, foram encontrados mortos na Rua João Batista de Lima, na quinta-feira. Segundo a Polícia Militar (PM), o 20° BPM (Mesquita) foi acionado e os policiais isolaram a área, para o trabalho dos agentes da DHBF.
Ao DIA, o delegado da DHBF, André Neves, disse que, mesmo que tenham sido muitas mortes em tão pouco tempo, não há evidências que provem algum tipo de relação entre os casos. "Ainda não há nada que indique relação entre as mortes. Mas isso será melhor apurado ao longo das investigações.