Márcio Araújo de Souza chegou a ficar foragido da Justiça durante 8 dias até que decidiu se entregar à Polícia Civilrlima

Rio - O sargento da PM Márcio Araújo de Souza, de 54 anos, suspeito da morte do bicheiro Fernando Iggnácio, em 2020, e apontado pelo Ministério Público do Rio (MPRJ) como chefe de segurança do contraventor Rogério de Andrade, foi reincluído nos quadros ativos da Polícia Militar. Segundo a corporação, o militar retornou no dia 1º de outubro, oito dias após decisão da Justiça determinar sua liberdade.
A readmissão do agente também ocorreu por força de decisão da Justiça que reverteu a exclusão ex-offício publicada pela própria PM, no dia 31 de março deste ano. O policial estava preso desde o dia 19 de fevereiro de 2021, oito dias após ter um mandado de prisão expedido contra o seu nome.
A prisão foi uma das ações previstas na Operação Calígula, do MPRJ, que investigava a existência de uma organização criminosa chefiada por Rogério de Andrade, que atua na exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro. Márcio era apontado nesse inquérito como responsável pela segurança do bicheiro e das suas operações. 
Márcio também era apontado como o responsável por contratar os matadores que executaram Fernando Iggnácio, adversário de Rogério de Andrade na luta pelos espólios de Castor de Andrade, morto em 1997.
Iggnácio era o último genro de Castor. Ele foi assassinado em uma emboscada em um heliponto no Recreio dos Bandeirantes, em novembro de 2020. Segundo o MPRJ, o crime teria sido contratado por Márcio a pedido de Rogério de Andrade. 
Decisão do STF
A decisão que deu liberdade ao policial reformado foi proferida pelo ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em sua justificativa, o magistrado mencionou sentença anterior que concedeu a conversão da prisão preventiva em regime fechado de Rogério de Andrade em liberdade com medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a obrigação de permanecer em casa no período noturno (20h às 6h).