"Espaço nossas raízes: conexão afro" foi instalado na estação Uruguaiana Divulgação / MetrôRio

Rio – Em celebração ao Dia da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, o MetrôRio lançou uma campanha contra o preconceito e a favor da valorização da cultura afro-brasileira. A ação, chamada de "Fim da linha para o racismo”, foi inaugurada na manhã desta sexta-feira (17), na estação Uruguaiana/Centro, onde a concessionária instalou uma área de 40 m2 para homenagear personalidades negras que deixaram seus legados na literatura e nas artes.

Além do “Espaço nossas raízes: conexão afro!”, o local também recebe um segundo ambiente, que apresenta um roteiro com dicas de passeios próximos às estações do metrô, que celebram a herança negra, como o Instituto Pretos Novos, Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira e os painéis artísticos do Projeto NegroMuro.
Os locais fazem parte do circuito da Pequena África, região que abrange os bairros da Saúde, Gamboa e Santo Cristo, na Zona Portuária do Rio de Janeiro. Na última parada do roteiro cultural, há a opção de conhecer o Museu do Samba, no bairro da Mangueira, próximo da estação São Cristóvão.

“O combate ao racismo é uma luta diária e dever de todos. Com essa ação, queremos mobilizar os clientes a refletir sobre a importância do assunto e a promover a valorização da cultura afro-brasileira”, contou Guilherme Ramalho, presidente do MetrôRio.

A concessionária também começou a veicular mensagens de reflexão sobre os temas da campanha nos totens eletrônicos e nos áudios das estações e nas TVs dos trens da concessionária. Frases como "Minha cor é amor", "Minha pele, nossa cor, nossa luta” e “Meu black é power” estão espalhadas pelas 41 estações do sistema metroviário.

Até esse sábado (18), diversos promotores vão distribuir adesivos com as mensagens da campanha.

Confira dicas de passeios que valorizam a história e a cultura afro-brasileira:

Instituto Pretos Novos (IPN)
O Cemitério dos Pretos Novos foi o local de sepultamento dos africanos recém-desembarcados no Cais do Valongo, que não resistiam às péssimas condições da travessia e morriam antes de serem vendidos. O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos é responsável pela conservação desse patrimônio.

Como chegar: desça na Estação Uruguaiana/Centro e caminhe até a Rua Pedro Ernesto, n° 32 – Gamboa

Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (MUHCAB)
Museu de território que tem como marco zero o Cais do Valongo, Patrimônio Mundial. O MUHCAB pretende contar a história da região que testemunhou o maior desembarque de africanos escravizados no mundo, de importantes marcos de afirmação negra no Brasil e do desenvolvimento da cultura afro-brasileira, bem como é um espaço para debater conceitos que emanam desta narrativa e a situação do negro hoje no país.
Como chegar: desça na Estação Uruguaiana/Centro e caminhe até a Rua Pedro Ernesto, nº 80 – Gamboa

Painéis do Projeto NegroMuro
Desde 2018, o projeto NegroMuro atua no mapeamento da memória negra por meio da arte urbana, demarcando murais públicos com retratos de figuras históricas fundamentais do povo negro no Brasil. O trabalho artístico é assinado por Cazé Arte e a pesquisa e produção é realizada por Pedro Rajão. Até outubro de 2023 já foram pintados 52 murais que narram biografias e exaltam a ancestralidade africana da cidade do Rio de Janeiro.
Como chegar:

- Painel Luiz Gama - Desça na Estação Saara/Presidente Vargas e caminhe até a Rua da Constituição, 51 - Centro
- Painel Academia Negra de Filosofia - Desça na Estação Carioca/Centro e caminhe até a Rua do Rezende, esquina com a Rua Riachuelo - Centro

Museu do Samba
Com mais de 45 mil itens em seu acervo, o Museu do Samba nasceu e está localizado no mais poético e tradicional reduto do samba carioca, no bairro da Mangueira, na Zona Norte do Rio de Janeiro. O local oferece uma rica e variada programação cultural e educativa, um Centro de Documentação e Pesquisa do
Samba e o maior acervo patrimonial e audiovisual do gênero. É um lugar de memória, preservação e representatividade da cultura afro-brasileira, e seu trabalho levou à titulação do samba como Patrimônio Cultural do Brasil.
Como chegar: desça na Estação Triagem e caminhe até a Rua Visconde de Niterói, 1296 – Mangueira.