Orquestra Maré do Amanhã ensina música clássica para jovens da comunidadeReprodução / Redes Sociais

Rio – A Orquestra Maré do Amanhã, projeto que ensina música clássica a crianças e adolescentes do complexo, na Zona Norte, foi declarada Patrimônio Cultural Imaterial do Estado do Rio. A determinação foi sancionada pelo governador Cláudio Castro no Diário Oficial desta quarta-feira (22).
No texto do Projeto de Lei (PL) aprovado na Alerj, de autoria da deputada Franciane Motta (União Brasil), a parlamentar justifica que a iniciativa oferece uma oportunidade real de mudança de vida para os jovens de uma das comunidades mais violentas do Rio de Janeiro.

"A Orquestra Maré do Amanhã teve o seu primeiro núcleo criado em agosto de 2010, no Complexo da Maré, no CIEP Operário Vicente Mariano, preparando 26 crianças no ensino de teoria musical, violino, violoncelo e flauta. Com apenas três meses de trabalho, as crianças apresentaram um resultado fantástico, realizando seis apresentações no final do mesmo ano", escreveu Franciane Motta.

Ao conceder o reconhecimento ao projeto, Castro falou sobre a importância social da orquestra.

“Além do seu trabalho encantador, que leva a música para os jovens da Maré, a Orquestra cumpre um papel social essencial. Declará-la patrimônio cultural do Estado do Rio simboliza tudo isso e também é um reconhecimento ao trabalho desses músicos que se dedicam tanto às crianças e adolescentes do Complexo da Maré”, declarou o governador.


Histórico
Criado em 2010, por Carlos Eduardo Prazeres, filho do maestro Armando Prazeres, a Orquestra Maré do Amanhã começou atendendo 26 alunos no CIEP Operário Vicente Mariano. As crianças eram ensinadas sobre teoria musical, violino, violoncelo e flauta.

Treze anos depois, a iniciativa já atendeu a cerca de 3500 crianças, em 22 instituições, além de realizar projetos nacionais e internacionais.

Atualmente, a Orquestra contempla as 16 comunidades do Complexo da Maré e conta com 320 alunos.