Carlinhos Madureira, de 75 anosÁlbum de família

Rio - Foi cremado na tarde desta quinta-feira (23), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, o corpo do compositor Carlinhos Madureira, vencedor de cinco sambas-enredo na Portela, nas décadas de 1980 e 1990. Ele morreu na última terça-feira (21), aos 75 anos, vítima de parada cardíaca, de acordo com familiares. O sambista estava internado há quase um mês no Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio, com quadro de insuficiência renal.

Sargento aposentado da Polícia Militar, Jorge Carlos de Sousa Santos recebeu, ainda jovem, o apelido de Carlinhos Madureira por ter nascido na região. Antes de entrar para a PM, aos 28 anos, serviu às Forças Armadas. Chegou a trabalhar, ainda, como taxista por um período.

Ao lado de parceiros, foi autor de "Adelaide, a Pomba da Paz" (1987), "Lenda Carioca, os Sonhos do Vice-Rei" (1988), "Achado Não É Roubado" (1989), "Tributo à Vaidade" (1991) e "Todo Azul Que o Azul Tem" (1992), todos na maior campeã do Carnaval carioca. Venceu, também, a disputa na Acadêmicos da Rocinha para o Carnaval de 1996, "Bahia Com Muito Amor".

Bastante cultuado nos ensaios pelos portelenses, "Tributo à Vaidade" chegou a ser regravado pela cantora Eliana Pittman, em 2019. Nos anos 1990, Carlinhos também foi presidente da Ala Ordem da Águia.
Relembre desfile da Portela de 91 com o clássico 'Tributo à Vaidade'
Torcedor do Vasco, Carlinhos Madureira teve oito filhos, sendo dois já falecidos. Nos últimos anos, estava afastado dos desfiles, mas eventualmente costumava ir às feijoadas da Portela. Outra paixão nas horas vagas era descansar na casa que a família tem em Muriqui, em Mangaratiba, Costa Verde do Rio.

Nas redes sociais, a diretoria da agremiação postou nota de pesar. "O presidente Fábio Pavão, o vice-presidente Junior Escafura e toda a diretoria da Portela desejam as sinceras condolências aos familiares e amigos do compositor. Descanse em paz, Carlinhos", diz texto.