Edmar Felipe, morto a tiros em Vila Valqueire, era da PM do Alagoas e atuava no Rio pela Força NacionalRenan Areias/Agência O Dia

Rio - Eduardo Santa Rita Carvalho, de 24 anos, suspeito de matar o agente da Força Nacional Edmar Felipe Alves dos Santos, 36, e de atirar contra a própria mulher, foi preso na tarde desta quarta-feira (29). Ele se entregou na Polícia Federal e posteriormente foi encaminhado para a sede da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que investiga o caso.
A Polícia Civil informou que a especializada iniciou a investigação logo após o crime, ocorrido na noite desta terça-feira (28). Os agentes realizaram uma perícia na Rua Mário Barbedo, em Vila Valqueire, também na Zona Oeste, e, a partir do que foi apurado, conseguiram identificar o autor.
O suspeito foi flagrado por uma câmera de segurança da região trocando tiros com o policial. As imagens mostraram Eduardo na rua quando o agente aparece no portão da casa dele armado. O homem então atira duas vezes em direção a vítima. Em seguida, corre e chega a cair, mas se levanta e consegue fugir do local.
Eduardo responderá pelos crimes de homicídio e tentativa de homicídio. Ele chegou a ser condenado, em 2020, a seis anos de prisão pelo crime de roubo.
A morte
Segundo a Polícia Militar, Edmar foi baleado ao tentar intervir em uma briga entre Eduardo e a mulher com quem ele morava. Ainda de acordo com a corporação, o agente deu entrada no Hospital da Aeronáutica do Campo dos Afonsos, também na Zona Oeste, mas acabou morrendo.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para o local às 21h45. Os militares socorreram a mulher e a encaminharam, em estado grave, para o Hospital Estadual Carlos Chagas, em Marechal Hermes, Zona Norte do Rio. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou, na tarde desta quarta-feira (29), que "não pode divulgar o estado de saúde dos pacientes sem autorização de suas famílias".
Edmar Felipe era soldado da Polícia Militar de Alagoas desde 2020 e estava a serviço da Força Nacional na capital fluminense voluntariamente. A corporação lamentou a morte. "Em nome de toda tropa, o comandante-geral da Corporação, coronel Paulo Amorim, presta as mais sinceras condolências aos amigos e familiares, ao tempo em que coloca a Instituição à disposição para o que se fizer necessário".
O Ministério da Justiça e Segurança Pública também divulgou uma nota, em que "lamenta profundamente" a morte do PM. A pasta informou que "todas as circunstâncias do crime serão devidamente apuradas" e que as autoridades competentes já investigam o caso. "A Força Nacional tem prestado todo o apoio relacionado a essa triste fatalidade. Neste momento de dor e consternação, nossos sentimentos também vão para a família e amigos, bem como para a Polícia Militar de Alagoas que perde um dos seus quadros pelo devotamento à sua função policial, mesmo não estando em serviço".