Em abril do ano passado, um casal ficou à deriva dentro da grande bolha inflável após o responsável perder o controle, na praia de Copacabana Reprodução / Redes sociais
Paes veta lei que proíbe utilização de bolhas infláveis em orlas do Rio
Segundo o documento, a proposta legislativa estaria tomando para si atribuições que seria do Poder Executivo
Rio - O prefeito Eduardo Paes vetou, nesta sexta-feira (05), a lei que proibia a utilização de bolha inflável como forma de recreação na orla marítima do município. Segundo o documento, a proposta legislativa estaria tomando para si atribuições que seria do Poder Executivo, por meio de funções específicas de seus órgãos internos.
"Assim, ao imiscuir-se em seara que não lhe é própria, ocorre uma violação expressa a preceitos e princípios corolários da separação entre os Poderes, estabelecidos no art. 2º da Constituição federal, e repetidos, com arrimo no princípio da simetria, nos arts. 7º e 39 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro e da LOMRJ, respectivamente", afirmou o prefeito na decisão.
Em abril do ano passado, um casal teve que ser resgatado pelo Corpo de Bombeiros de uma enorme bolha inflável na praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio. Na época, Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop), que é responsável pela fiscalização dessas atividades, informou que "não existe licenciamento para a prática comercial desta atividade". De acordo com a Seop, a Guarda Municipal iria intensificar a fiscalização nas praias para coibir essas práticas.
Cerca de três salva-vidas entraram no mar para resgatar o homem que controlava a bolha inflável e o casal que estava dentro da engenhoca. Após perceberem que algo estava errado com a atividade, os banhistas pediram socorro aos militares, que resgataram as três pessoas sem complicações.
O major Fábio Contreiras, porta-voz do Corpo de Bombeiros, explicou sobre a atividade na bolha inflável. "É uma prática muito perigosa. A bolha só possui o zíper pelo lado de fora e as pessoas [que estão dentro] não conseguem abrir em casos de emergência. Além disso, o ar dentro da bolha é limitado e, caso as pessoas não sejam retiradas, elas podem morrer", afirmou o major.
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