Bombeiros entram no oitavo dia de buscas pelo menino Edson Davi, de 6 anos, na Praia da BarraRenan Areias/ Agência O Dia
Edson Davi: família mobiliza nova manifestação na Praia da Barra neste sábado
A principal linha de investigação indica que a vítima se afogou, o que é contestado por sua família. Menino está desaparecido há oito dias
Rio - A família de Edson Davi Silva Almeida, de 6 anos, que desapareceu na Praia da Barra, Zona Oeste há oito dias, vai fazer uma nova manifestação neste sábado (13). O local de encontro será no Posto 4, na Praia da Barra, às 10h. O último protesto pedindo por respostas sobre o paradeiro do menino aconteceu na última quarta-feira (10). A principal linha de investigação indica que a vítima se afogou, o que é contestado por sua família.
Familiares e amigos pedem que a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) intime as pessoas que aparecem em um vídeo de Edson Davi brincando próximo à água no dia de seu desaparecimento. A gravação obtida pela DDPA mostra o menino ao lado de uma bandeira vermelha, o que indica a não recomendação da entrada de banhistas.
As buscas realizadas pelo Corpo de Bombeiros no mar chegaram ao oitavo dia nesta sexta-feira (12). Os militares utilizam drones, helicópteros, motos aquáticas e mergulhadores, além de fazerem rondas na areia.
Assim como o Corpo de Bombeiros, a DDPA continua com as buscas, com apoio do Serviço Aeropolicial (Saer/Core). A especializada destacou que todos os relatos de crianças semelhantes ao menino desaparecido estão sendo apurados, inclusive com a colaboração de policiais de outras unidades da federação.
Edson Davi usava uma camisa de manga térmica preta, vestia uma bermuda da mesma cor e estava descalço. O Disque Denúncia pede ajuda para localizar a criança e recebe informações pela Central de Atendimento, nos telefones (21) 2253-1177 ou 0300-253-1177; pelo WhatsApp Anonimizado, no (21) 2253-1177; pelo WhatsApp dos Desaparecidos, no (21) 98849-6254; e por meio do aplicativo Disque Denúncia RJ. O anonimato é garantido.
Investigações
A especializada que investiga o caso descartou a possibilidade de sequestro. A hipótese havia sido levantada pela família, pois a última vez em que Edson Davi foi visto, na última quinta-feira (4), ele estava brincando próximo a barraca do pai com duas crianças e com um homem estrangeiro. Em determinado momento, Edson dos Santos Almeida, pai do menino, precisou desviar sua atenção para clientes e, ao observar seu filho, percebeu ele havia sumido, juntamente com a família de estrangeiros.
Agentes da DDPA analisaram câmeras de segurança da região e constataram que a família argentina deixou a praia sem o menino. O homem prestou depoimento nesta terça-feira (9) e destacou que apenas jogou bola com o menino e seus filhos e voltou para o hotel onde estava hospedado. Ele ainda acrescentou que não viu para onde a criança foi após a brincadeira.
No decorrer da investigação, a hipótese de afogamento foi ganhando mais força, através de gravações que mostram o menino próximo à água e relatos de testemunhas. Uma pessoa contou aos investigadores que viu o menino entrar no mar três vezes enquanto jogava futebol com outra criança e que o pai chegou a chamar sua atenção por isso.
Também em depoimento, um homem que trabalha na barraca da família destacou que pediu que a criança saísse do mar, pois estava revolto e com ondas grandes. Pouco antes do seu desaparecimento, o menino pediu uma prancha de bodyboard emprestada para um barraqueiro, que negou, também por conta das condições da água. Depois, Edson Davi seguiu em direção à barraca dos pais.
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