Jairo Batista Freire, o Caveira, teria sido morto em uma emboscada na comunidade Três Pontes, no último sábado (6)Reprodução
Publicado 08/01/2024 18:31
Rio - A Polícia Civil investiga comentários nas redes sociais que indicam o assassinato de Jairo Batista Freire, o Caveira, apontado como um dos possíveis sucessores da milícia de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, após a sua prisão. De acordo com os relatos, o miliciano foi morto a tiros na comunidade Três Pontes, em Paciência, na Zona Oeste do Rio, no último sábado (6).
Até esta segunda-feira (8), a morte do criminoso não havia sido confirmada nem seu corpo foi encontrado. Contudo, a Polícia Civil segue em investigação após diversos comentários darem Jairo como morto. Fotos que circulam nas redes sociais mostram um corpo que seria do suspeito com marca de tiros no rosto.
Agentes da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) realizaram buscas, nesta segunda-feira (8), pela região da comunidade em busca de confirmar o homicídio. Os policiais foram até Paciência para apurar informações relativas a crimes cometidos no bairro, incluindo o suposto assassinato.
Jairo teria sido morto durante uma emboscada realizada por criminosos ligados a Rui Paulo Gustavo Gonçalves Estevão, o Pipito, outro miliciano que era ligado à Zinho. O grupo atribuem à Jairo a responsabilidade sobre a morte de Antônio Carlos dos Santos Pinto, o Pit, e de seu filho, de 9 anos, no final de dezembro também na comunidade Três Pontes. Pit também era apontado como sucessor de Zinho.
Agentes analisam se Jairo seria uma das principais lideranças da milícia na Zona Oeste após a prisão de Zinho. Em janeiro de 2022, ele foi preso durante uma ação da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra Propriedade Imaterial (DRCPIM), em Seropédica, na Baixada Fluminense. Ele estava solto desde outubro do ano passado.
Disputa por sucessão
Na véspera de Natal, Zinho, que era o miliciano mais procurado do Rio de Janeiro, se entregou à Polícia Federal (PF). Foragido desde 2018, Luís Antônio da Silva Braga possuía 12 mandados de prisão expedidos pela Justiça.
A entrega de Zinho pode ter relação com a descoberta da Polícia Federal e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) sobre a suposta ligação entre seu grupo criminoso com a deputada estadual Lucinha (PSD). As investigações apontam uma participação ativa da parlamentar e de sua assessora na organização criminosa.
A prisão de Zinho gerou uma disputa interna para quem seria seu sucessor. Atualmente, Jairo e Pipito são os principais apontados após a morte de Pit e de Matheus da Silva Rezende, o Faustão, sobrinho de Zinho.
Considerado homem de confiança do miliciano, Pipito foi o responsável por coordenar os ataques a ônibus na Zona Oeste do Rio em outubro deste ano. Os ataques, que deixaram 35 coletivos incendiados, foram motivados pela morte de Faustão, em operação da Polícia Civil na mesma comunidade Três Pontes.
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