Rio - Garis da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) fizeram, na tarde desta segunda-feira (5), uma manifestação no Centro do Rio para reivindicar o aceite do sindicato da categoria de 5% de reajuste salarial e o congelamento de benefícios. A concentração do grupo teve início às 15h na Central do Brasil e em seguida o grupo saiu em passeata pela Avenida Presidente Vargas em direção à sede da prefeitura, na Cidade Nova. Às 16h35, o Centro de Operações Rio informou que a pista central, sentido Praça da Bandeira, estava ocupada por manifestantes. A Polícia Militar acompanhou o grupo e equipes da CET-Rio e Guarda Municipal foram acionadas.
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De acordo com Célio Gari, um dos organizadores do protesto e membro da Associação Círculo Laranja, criada em 2014 com o objetivo de lutar pelos direitos trabalhistas dos garis, o Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e Conservação do Município do Rio de Janeiro (Siemaco-Rio) assinou, à revelia da categoria, um Acordo Coletivo com a prefeitura, sem antes fazer uma assembleia geral.
"A direção do sindicato, junto com a Comlurb, à revelia da categoria, assinou um acordo sem fazer assembleia com os trabalhadores. Em 2014, o Tribunal Regional do Trabalho fez um aditivo determinando que deve ter comissão dos trabalhadores para participar das negociações salariais. Essas pessoas da comissão tem que ser escolhidas em assembleia, sendo que a última assembleia foi feita em 1º em setembro de 2023, e a partir daí não chamou mais ninguém para assembleia".
Célio também reforça que a manifestação pede por melhores condições de trabalho e também pela extinção do plano de saúde Klini. Essa última reivindicação já foi publicada pelo DIA em agosto do ano passado. Na época, a categoria manifestou no Centro do Rio denunciando que o plano de saúde Klini não vinha atendendo às demandas dos garis, tanto para agendamento de consultas como atendimentos de alta complexidade.
Em comunicado nas redes sociais, o Siemaco-Rio disse, na manhã desta segunda-feira (5), que está aprimorando a realização de assembleias nos setores de trabalho da Comlurb, abrangendo mais de 90 gerências. Segundo o sindicato, este novo modelo de assembleia "mostrou-se mais válido do que nas assembleias tradicionais, pois muito mais trabalhadores foram informados e ouvidos nas bases".
"Sem confusão, em segurança e com respeito à opinião de todos. Naturalmente, por ter sido a primeira experiência do gênero com essa abrangência em nosso Sindicato, precisa ser aprimorada", afirmou o Siemaco-Rio.
Em nota, a Comlurb disse que formalizou a assinatura do acordo coletivo com o sindicato representante da categoria no último dia 30 de janeiro. "A Comlurb formalizou a assinatura do acordo coletivo com o sindicato representante da categoria na última segunda-feira, 30 de janeiro. Para obter quaisquer informações adicionais, solicitamos que entre em contato diretamente com o sindicato."
Procurada, a Klini Saúde informou que "reitera seu compromisso com a excelência no atendimento à saúde e repudia veementemente quaisquer alegações que possam lançar dúvidas sobre a qualidade dos serviços"
Ainda em comunicado, a empresa disse que opera sob sólidos princípios éticos e de transparência. "Estamos plenamente preparados para o credenciamento junto à prefeitura, cumprindo rigorosamente todos os requisitos para atender aos beneficiários da Comlurb. Nossa ampla rede credenciada, composta por 28 hospitais, 48 clínicas de exames e laboratórios renomados, reflete nosso compromisso em oferecer serviços abrangentes e de alta qualidade", acrescentou.
"Ao longo do último ano registramos números significativos, com mais de 60 mil consultas ambulatoriais, mais de 35 mil consultas de emergência, mais de 200 mil exames e mais de 3 mil internações. Destacamos, ainda, os inúmeros transplantes realizados, testemunhando a eficácia de nossa rede em transformar vidas", finalizou em nota.
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