MPRJ e Corregedoria da PM prendem 15 policiais apontados como seguranças do bicheiro Rogério Andrade. Na foto: Agentes do MPRJ chegam com malotes na sede do MP no Centro do Rio, nesta quarta-feira (20).Pedro Ivo/Agência O Dia
Os gastos estavam em duas planilhas apreendidas pelo Ministério Público do Estado (MPRJ), em maio de 2022, numa casa de Andrade. Segundo a denúncia do MP, o contraventor remunerava os integrantes de sua segurança de acordo com a patente militar. Os salários variam entre R$ 5,6 mil, remuneração compatível a que recebe um soldado da PM, a R$ 7,6 mil, que é o vencimento aproximado de um oficial da mesma corporação.
O MP ainda afirma que a organização seria responsável pela prática de crimes violentos, crimes contra a administração pública e crimes contra a ordem econômica. Todos os delitos estariam atrelados ao domínio territorial e a exploração dos jogos de azar não apenas no Rio, mas em outros estados do país.
Uma análise de conversas em um grupo de WhatsApp denominado "vampiros", formado pelo grupo de seguranças que trabalhavam à noite, mostra mais de 14 mil mensagens trocadas entre os membros da organização criminosa. As conversas, sempre de acordo com a denúncia, aconteceram num período entre 30 de outubro de 2019 e 10 de maio de 2022.
"Os DENUNCIADOS, agindo de forma consciente e voluntária, incluindo funcionários públicos, promoveram, constituíram, financiaram e integraram, pessoalmente e por interpostas pessoas, organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, ainda que informalmente, com o objetivo de obter, direta ou indiretamente, vantagens de qualquer natureza, especialmente vantagens financeiras ilícitas oriundas da exploração de jogos de azar, mediante a prática de infrações penais".
O MP pediu à Justiça que os investigados sejam imputados nos crimes de corrupção ativa (art. 333 do Código Penal), extorsão (art. 158 do CP), lesão corporal de natureza grave (art., 129, § 1º, do CP), homicídio (art. 121 do CP) e lavagem de dinheiro (art. 1º da Lei nº 9.613/1998).
A ação desta quarta-feira foi realizada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ e pelas corregedorias da Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Alexander Rodrigues da Silva - Sargento
Alvimar Gomes Campos
Anderson de Matos Siqueira - Sargento
Anderson Faria Mercês - Sargento
Carlos Henrique Ferreira Passos - Subtenente
Fábio Rodrigues Cordeiro Souza - Sargento
Fellipe Cardoso Leitier - Sargento
Flávio Pereira Moraes - Subtenente
Leonardo Pacheco Estrela - Sargento
Márcio Aurélio Pardal - Subtenente
Márcio de Araújo David - Subtenente
Marcos Antônio Alle Teixeira - Cabo
Nilo Carlos Galvão Sampaio - Subtenente
Rafael da Silva Gomes - Sargento
Valdir Campos Júnior - Sargento
Fábio Luiz Rebelo Ouro - Policial penal
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