Justiça mantém prisão dos três acusados de mandar matar Marielle
O advogado de defesa dos irmãos Chiquinho e Domingos Brazão afirma que eles não conheciam a vereadora
Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram presos em operação da PF e MPRJ, neste domingo (24), suspeitos de serem mandantes do assassinato de Marielle - Reprodução
Chiquinho Brazão e Domingos Brazão foram presos em operação da PF e MPRJ, neste domingo (24), suspeitos de serem mandantes do assassinato de MarielleReprodução
Rio - A Justiça do Rio manteve, no início da tarde deste domingo (24), a prisão dos irmãos Brazão e do ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa, presos apontados como mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. A audiência de custódia foi acompanhada pelo advogado Ubiratan Guedes, responsável pela defesa tanto de Chiquinho quanto de Domingos Brazão, que havia falado à imprensa pouco tempo antes, ainda na porta da sede da Polícia Federal, que nenhum dos dois conhecia a parlamentar.
"Certeza absoluta que improcede essa imputação. Ele não conhecia a Marielle, não tinha nenhuma ligação com Marielle. Agora, cabe a defesa provar que ele é inocente. Estamos surpresos. Nunca, nunca, nunca teve nenhuma ligação com Marielle. (...) Não tenho tido contato com a os boatos, né? Os boatos que estavam ocorrendo. Hoje vou ter contato agora com ele, para saber o que que é. Saber o que está acontecendo. Não sabemos da imputação que é feita. Tá entendendo? Vamos ver", declarou o advogado.
Os dois políticos, conhecidos da população carioca, especialmente na Zona Oeste, foram os principais alvos da operação Murder Inc, da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A ação aponta Chiquinho Brazão, deputado federal pelo Rio, e Domingos Brazão, atual conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), como responsáveis por dar a ordem que levou à execução de Marielle Franco.
Enquanto o terceiro envolvido, o ex-chefe da Polícia Civil Rivaldo Barbosa foi acusado por obstruir as investigações do assassinato da vereadora e de Anderson. Barbosa assumiu o cargo à frente da corporação um dia antes do crime. Até então, ele era o coordenador da Divisão de Homicídios.
Neste domingo, foram cumpridos três mandados de prisão preventiva e 12 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), todos na cidade do Rio de Janeiro.
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