Matheus de Souza Cardoso (E) e Luiz Henrique de Lima Cardoso (D) se conheceram antes do crimeReprodução
Publicado 09/05/2024 13:12
Rio - A Justiça condenou, nesta quinta-feira (9), o acusado de esfaquear um jovem na Parada LGBTQIA+ de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, em 2022. Matheus de Souza Cardoso esfaqueou Luiz Henrique de Lima Cardoso, de 22 anos, após um esbarrão e uma discussão durante o evento. O 3º Tribunal do Júri sentenciou o réu a 19 anos de prisão em regimento fechado por homicídio duplamente qualificado cometido por motivo fútil. 
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A juíza Nearis Carvalho Arce, que presidiu a sessão de julgamento, destacou que Matheus agiu com frieza, uma vez que Luiz Henrique estava desarmado e o réu não prestou socorro e voltou a se divertir na Parada. "Evidenciam-se, portanto, a frieza e o menosprezo pela vida humana durante a empreitada criminosa, pois o acusado, após um primeiro momento de discussão com a vítima, veio a avistá-la novamente, iniciando, então, outra briga, na qual veio a golpear com um estilete que comprara antes do evento em regiões sabidamente vitais", declarou a magistrada. 
Segundo o laudo da necropsia, a vítima foi atingida no tórax, testa e região infra-ocular. A aplicação da sentença ainda considerou os danos psicológicos sofridos pelos familiares do jovem. "Vale registrar que a barbárie praticada causou grande clamor público e repercussão nos meios de comunicação, bem como inquestionável sensação de insegurança generalizada em nossa sociedade diante da audácia do réu”, afirmou a juíza. Matheus não vai poder recorrer em liberdade.
Relembre o caso
O crime aconteceu em 7 de agosto de 2022, durante a Parada LGBTQIA+, em Icaraí, na Zona Sul de Niterói. De acordo com testemunhas, a vítima e o agressor se esbarraram no evento e a irmã de Luiz Henrique separou os dois, que seguiram em direções opostas. Momentos depois, eles se encontraram novamente e Matheus deu 11 facadas no jovem. Uma das perfurações atingiu o olho, o que provocou traumatismo cranioencefálico, causa da morte apontada no laudo do Instituto Médico Legal (IML).
Amigos afirmam que os dois jovens se conheciam. Em um áudio obtido pelos investigadores, Matheus confessa o crime, detalha o ataque e menciona uma discussão que teve com a vítima. A confusão teria acontecido dois anos antes, segundo uma amiga de Luiz Henrique. O agressor chegou a ficar foragido por cerca de dois meses, mas acabou preso, em 10 de outubro do mesmo ano, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.  
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