Publicado 30/07/2024 12:43
Rio - A Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Municipal do Rio de Janeiro vai oficiar o Consulado Argentino e a Associação Orff-Schulwerk da Argentina sobre o caso da argentina e do brasileiro que imitaram macacos durante roda de samba Pede Teresa, no último dia 19, na Praça Tiradentes, Centro do Rio. A decisão foi tomada durante reunião realizada nesta segunda-feira (29).
O objetivo da comissão é que as instituições se pronunciem sobre o ocorrido e que confirmem, de forma oficial, a identidade da argentina para que as investigações prossigam.
PublicidadeO objetivo da comissão é que as instituições se pronunciem sobre o ocorrido e que confirmem, de forma oficial, a identidade da argentina para que as investigações prossigam.
"A comissão está acompanhando de perto o caso. Vamos oficiar a Asociación Orff Argentina para entender quais medidas administrativas serão tomadas e também o Consulado Argentino para obter a confirmação oficial da identidade da mulher. Esse é mais um caso de racismo recreativo entre tantos outros que não são filmados nem noticiados. Instituímos a Comissão de Combate ao Racismo (CCOR) que tem a responsabilidade institucional de propor ações para prevenção, combate e superação do racismo na cidade do Rio. A CCOR não tolerará desrespeito com a cultura, territórios e comunidade negra carioca", afirmou a presidente da Comissão de Combate ao Racismo, Monica Cunha.
Nesta semana, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) identificou e intimou, por meio de cartas, o casal. Ainda não há informações sobre as datas dos depoimentos e nem de que forma serão realizados, já que o suspeito mora em São Paulo e a suspeita é estrangeira.
Na última sexta-feira (26), duas novas testemunhas que presenciaram a cena prestaram depoimento. O empresário João Ricardo, 37, e o jornalista Thiago Teixeira, 37, afirmaram que o casal chegou a imitar os sons dos animais. João e Thiago aparecem ao fundo do vídeo e estavam editando um vídeo para a página que administram sobre sambas do Rio no momento da ocorrência.
Argentina estava no Rio em evento
A professora argentina veio ao Rio para um evento no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 19 deste mês. A Junta Diretiva Internacional do Fórum Latino-americano de Educação Musical (Fladem) pediu à seção brasileira uma investigação sobre a estrangeira e informou que os investigados não são associados à entidade e que o vídeo foi gravado quando o seminário já havia terminado.
A Associação Orff-Schulwerk da Argentina defendeu a professora na terça-feira (23), alegando que o ato não tem conotação racista. A organização sem fins lucrativos informou que a argentina é associada há muitos anos. A nota diz ainda que, no país, "no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotação racista".
Nesta semana, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) identificou e intimou, por meio de cartas, o casal. Ainda não há informações sobre as datas dos depoimentos e nem de que forma serão realizados, já que o suspeito mora em São Paulo e a suspeita é estrangeira.
Na última sexta-feira (26), duas novas testemunhas que presenciaram a cena prestaram depoimento. O empresário João Ricardo, 37, e o jornalista Thiago Teixeira, 37, afirmaram que o casal chegou a imitar os sons dos animais. João e Thiago aparecem ao fundo do vídeo e estavam editando um vídeo para a página que administram sobre sambas do Rio no momento da ocorrência.
Argentina estava no Rio em evento
A professora argentina veio ao Rio para um evento no Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, entre os dias 15 e 19 deste mês. A Junta Diretiva Internacional do Fórum Latino-americano de Educação Musical (Fladem) pediu à seção brasileira uma investigação sobre a estrangeira e informou que os investigados não são associados à entidade e que o vídeo foi gravado quando o seminário já havia terminado.
A Associação Orff-Schulwerk da Argentina defendeu a professora na terça-feira (23), alegando que o ato não tem conotação racista. A organização sem fins lucrativos informou que a argentina é associada há muitos anos. A nota diz ainda que, no país, "no contexto de uma atividade pedagógica, a imitação de animais não tem conotação racista".
Ato contra o racismo
O PedeTeresa convocou um ato contra o racismo, após o caso. O evento vai acontecer na sexta-feira (2), na Praça Tiradentes, no Centro, onde o episódio racista aconteceu.
Em um vídeo nas redes sociais, os integrantes chamaram o público para participar do ato: "A gente está aqui não só para convidar vocês para a nossa roda de samba. A gente convida vocês para o nosso ato contra o racismo (...) Racismo é crime, chegue chegando, mas chega devagar, valeu? Respeite quem pôde chegar onde a gente chegou e quando chegar no terreiro, procure primeiro saber quem eu sou".
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