Douglas Rafael da Silva Pereira, o DGReprodução / TV Globo

Rio - O Tribunal do Júri absolveu os sete policiais, nesta quarta-feira (16), pela morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG. Integrante do corpo de baile do programa "Esquenta", da TV Globo, ele foi encontrado morto após uma operação da PM no Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, na Zona Sul do Rio, em 2014.
De acordo com o processo, durante a madrugada do dia 22 de abril de 2014, Walter Saldanha Correa Júnior - apontado como autor do disparo pelo inquérito da Polícia Civil - teria atirado contra Douglas enquanto ele saltava para o telhado de uma creche, tentando fugir do tiroteio.
Walter foi inocentado de todas as acusações. Ele chegou a ser preso preventivamente, porém sua defesa obteve um habeas corpus em 2015 e aguardava o julgamento em liberdade.
Os PMs Rodrigo Vasconcellos de Oliveira, Rodrigo dos Santos Bispo, Rafael D'Aguila do Nascimento, Alessandro da Silva Oliveira, Eder Palinhas Ribeiro e Evandro dos Santos Dias - que respondiam por falso testemunho - também foram absolvidos pelo crime.
DG trabalhou por quatro anos no programa e, na época, sua morte mobilizou toda a comunidade.
A morte de DG
Na noite do dia 21 de abril de 2014, um confronto entre policiais e traficantes aconteceu no Morro Pavão-Pavãozinho e atravessou a madrugada. Na manhã do dia 22, o corpo do dançarino foi encontrado dentro da creche Solar Meninos da Luz, com marcas da entrada de tiro nas costas e de saída, no ombro.
Segundo laudo do Instituto Médico Legal (IML), o dançarino morreu de "hemorragia interna decorrente de laceração pulmonar decorrente de ferimento transfixante do tórax. Ação pérfuro-contundente”.