Laís e Manoel viviam um relacionamento abertoArquivo pessoal
Em entrevista ao DIA, Laís afirmou que quer justiça por tudo o que passou e pelo trauma que a filha vivenciou.
"Eu estou revoltada. Nada justifica o que ele fez na frente de uma criança de 3 anos. Ameaçar uma criança, isso não existe. É uma pessoa doente. Eu quero justiça pela minha filha, pelo que ele fez minha filha passar", desabafou.
A vítima revelou que as agressões começaram após o agressor, Manoel José Carneiro Júnior, tentar acessar seu celular e ela não permitir.
"Na terça-feira (29), tivemos uma discussão, pois ele queria mexer no meu celular e insistiu para que eu desbloqueasse. Eu neguei e disse que eu não mexia no dele, e sempre combinamos cada um com sua privacidade. Então começaram as agressões, com muitos socos e chutes na minha cabeça, me jogou no chão me enforcando, sem que eu pudesse me defender, me arrastou para o banheiro e raspou a minha cabeça com uma máquina de cortar cabelo, mas como o meu cabelo era muito grande, ele terminou de cortar com um facão", disse.
Segundo Laís, toda a cena aconteceu na frente da criança, que chegou a defecar na roupa, de tanto medo do homem, que também a ameaçava.
"Ela estava implorando para ele parar de me machucar. E a todo momento ele ameaçava ela, dizendo que ia nos matar. Trancou eu e minha filha no banheiro por cinco minutos. Eu achei que ele realmente ia nos matar. Minha filha se urinou e defecou nas calças, por nervoso e medo", disse.
Depois de ser solta, a vítima correu em direção à rua e gritou por ajuda, mas não foi ouvida pelos vizinhos. Foi então que Manoel foi atrás e jogou a vítima dentro do carro, onde estava sua filha. Já no veículo, as ameaças recomeçaram.
"Ele me trouxe até minha casa e a todo momento, no trajeto para cá, dizia que ia matar eu e ela [a filha], que jogaria o carro da Ponte Rio-Niterói", relatou.
Os dois tinham um relacionamento aberto há três meses, e era comum que ela viajasse com a filha de onde mora, em São João de Meriti, na Baixada, até a casa do agressor, em Unamar.
Com muitas dores, Laís contou, ainda, que perdeu a visão do olho esquerdo por conta das agressões.
"Estou há dias em vários hospitais e, por fim, perdi a visão esquerda. Minha filha está completamente traumatizada e precisando de ajuda psicológica. Ele ainda não devolveu os pertences dela".
O caso foi registrado na 126ª DP (Cabo Frio) e encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher de Cabo Frio. A vítima passou por um exame de corpo de delito. Laís também conseguiu uma medida protetiva.
Ainda segundo ela, ninguém sabe o paradeiro do homem desde o dia em que ele a deixou em casa, após as agressões.
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