Pedro Carlos de Menezes Ferreira foi preso por agentes da DeamReprodução

Rio - A Polícia Civil prendeu um homem em flagrante, nesta quarta-feira (22), em Queimados, na Baixada Fluminense, pelos crimes de perseguição,ameaça e injúria contra a ex-companheira. Segundo a denúncia, Pedro Carlos de Menezes Ferreira, de 52 anos, usava mais de 50 números diferentes de telefone para ligar e amedrontar a vítima durante a madrugada.

A mulher esteve na Delegacia de Atendimento à Mulher de Nova Iguaçu na terça-feira (21), onde relatou que apesar de bloquear o autor, ele mandava mensagens ameaçadoras sem parar. Da última vez, as ligações ocorreram de 23h até as 04h.

"Vai passar a noite toda recebendo ligação. Quando eu te ver você vai ver o que é tomar um talo… Assim serão suas próximas noites se você não parar pra falar comigo. É guerra! Me desbloqueia e me dá um bom dia ou eu vou fazer um inferno, vai querer ver o Satanás mas não vai querer me ver. Se você de manhã não me der um bom dia, calma e doce, você vai ver o que eu vou fazer, vai ter várias ligações e pessoas passando no seu portão até te pegar", ameaçou Pedro em mensagens de áudio enviadas à ex-mulher.

Ainda em áudio ele revelou estar armado. "Coloco um carro parado na porta da sua casa 24h é só eu estalar o dedo, você é otária. Conversa comigo na boa, se não as coisas vão ficar pior, me dá um bom dia com educação e sem ficar de marra comigo. Isso aqui é só o início do que você vai passar. O primeiro que entrar no meu caminho vai levar um tiro na cara", disse em outros trechos.

Durante as buscas, a polícia não encontrou a suposta arma e Pedro disse que não existe, que falava para amedrontar a vítima, inclusive ela relatou que nunca o viu armado.

De acordo com a Delegada Mônica Areal, a perseguição é o crime que exige conduta reiterada, em que a pessoa liga mil vezes por dia, aparece em todos os lugares e não dá um minuto de paz.
"Geralmente esse crime vem com injúria e ameaça, como foi esse caso. A vítima fica completamente num estado de violência psicológica, fica tensa, não tem liberdade de ir e vir, porque o autor tá o tempo todo na sua ‘cola’. É um crime que deixa muitas provas e a Polícia Civil agiu e prendeu o autor", explicou.