Os parentes seguem inconformados e demonstram revolta com o acidenteDivulgação
Em entrevista ao DIA, nesta quinta-feira (27), a avó da menina, Cláudia Arruda, que acompanhava a neta no hospital na parte da manhã, disse que ainda não há previsão de alta.
"Ela já está falando e lembra que caiu, mas ainda não está andando porque tem que esperar. O susto maior mesmo nós já passamos, ela está bem melhor, mas assistência mesmo ninguém está dando. Até agora, ninguém procurou a gente para nada. Mas tudo isso foi uma negligência, é surreal", afirmou.
"Ela foi para a escola alegre, estava bem! Quando eu fui buscá-la à tarde, ela já tinha tomado o tombo e vomitado. A professora não me ligou, não fez nada. Só na hora da saída, a professora veio falar que o amigo empurrou a Pérola, que caiu. Esse caso aconteceu às 15h. Só fui buscar minha filha às 17h. Ela ficou duas horas com minha filha sem me dar um aviso", relatou a mãe, Marlene Ribeiro.
No mesmo dia, ao chegar em casa, Pérola voltou a vomitar, e os pais decidiram levá-la à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Colubandê. Após exames, os médicos constataram a gravidade do quadro e transferiram a criança com urgência para o Hospital Estadual Alberto Torres, onde passou por uma cirurgia no crânio. Ela foi entubada há uma semana.
Procurada, a Prefeitura de São Gonçalo informou que a Secretaria de Assistência Social irá entrar em contato com a família e "esclarece que, desde o dia do ocorrido, a Secretaria de Saúde acompanha de perto o caso da paciente, conversa com a equipe médica, já se colocou à disposição da família e conferiu resultados de exames, bem como disponibilizou uma equipe para prestar assistência".
O órgão municipal reforçou ainda que segue à disposição da família para auxiliar no que for preciso e torce pela breve recuperação da aluna. Segundo a Polícia Civil, a investigação está em andamento na 74ª DP (Alcântara). Foram solicitados documentos da unidade hospitalar, que serão analisados. Agentes realizam diligências para apurar as circunstâncias do caso.
Professora e diretora afastadas
No último dia 19, a professora e a diretora da unidade foram afastadas. Na ocasião, a prefeitura informou que abriu uma sindicância para apurar as circunstâncias e as responsabilidades do ocorrido, a fim de tomar as medidas cabíveis.
"A Secretaria lamenta profundamente o incidente e já se colocou à disposição da família. Vale ressaltar que o município promove de forma recorrente cursos de primeiros socorros para os profissionais da Educação, a fim de que eles possam saber como agir de forma correta em situações adversas", disse em comunicado.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.