Rio – Os dois passageiros feridos por estilhaços de balas dentro de um ônibus do BRT, na altura da Praça Seca, Zona Oeste, já receberam alta. De acordo com a direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, para onde as vítimas – um homem e uma mulher – foram levadas, a liberação foi concedida na segunda-feira (10), poucas horas depois do fato.
A concessionária Mobi-Rio informou que o veículo da Linha 46 (Penha x Alvorada - Expresso) foi alvejado pelo menos dez vezes entre as estações Ipase e Tanque, por volta das 12h30.
Segundo a Polícia Militar, os disparos ocorreram durante um confronto entre traficantes das comunidades da Caixa d'água e Renascer, próximas à região, e não houve participação de agentes no caso. A ocorrência foi registrada na 28ª DP (Praça Seca).
A PM acrescentou que o policiamento segue reforçado na região nesta terça (11).
Região em constante conflito
A madrugada de segunda-feira (10) assustou os moradores da Praça Seca. Vídeos publicados nas redes sociais registraram um intenso tiroteio na altura do Morro do Barão. As comunidades das zonas Oeste e Norte vivem um cenário de guerra por causa de disputa entre criminosos rivais.
Sob forte influência de milicianos, as favelas vêm sendo palco de invasões do Comando Vermelho, que pretende expandir pontos de venda de drogas pelo Rio. Recentemente, integrantes do Terceiro Comando Puro (TCP) se juntaram com os paramilitares para expulsar bandidos da outra facção, que conseguiram invadir partes desses locais.
Além da Praça Seca, o Comando Vermelho disputa ainda o controle dos morros do Fubá e do Campinho, na Zona Norte, e Muzema, Rio das Pedras, Complexo da Covanca, além da Gardênia Azul e a Cidade de Deus, na Zona Oeste. Nessas favelas, moradores têm sofrido com constantes confrontos entre os grupos rivais e operações policiais.
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