Departamento de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro mira milícia do QuitungoDivulgação/Polícia Civil

Rio - Uma ação da Polícia Civil mira, nesta quarta-feira (26), envolvidos na lavagem de dinheiro da milícia que atua na comunidade do Quitungo, em Brás de Pina, na Zona Norte do Rio. As investigações da Operação Pecunia Sanguinis revelaram um esquema de movimentação financeira suspeita que ultrapassa R$ 10 milhões. O principal alvo é um policial militar, apontado como chefe da quadrilha.
O Departamento Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DGCOR-LD), por meio da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), pretende desarticular uma rede criminosa que utilizava empresas de fachada para ocultar a origem e o destino dos valores ilícitos. Policiais civis cumprem dez mandados de busca e apreensão e o bloqueio de R$ 10 milhões das contas dos investigados. 
As investigações da especializada apontaram que a quadrilha tinha métodos sofisticados para lavar o dinheiro do crime, incluindo pequenas transferências, uso de empresas inativas e movimentação entre múltiplas contas bancárias. Além disso, a DCOC identificou vínculos entre os investigados e pessoas já denunciados por crimes como estelionato e organização criminosa.
Entre os alvos está o policial militar Zaqueu de Jesus Pereira Bueno, apontado como líder da milícia do Quitungo e investigado por diversos homicídios. Além dele, um um taxista que, em apenas seis meses, movimentou R$ 1,5 milhão em suas contas, transferindo parte desses valores diretamente para o PM. Também estão na mira da ação pequenos empresários que tinham relações financeiras com o grupo criminoso.
Procurada, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação acompanha os procedimentos e "colabora integralmente com as investigações".