Pesquisa revela a ampla aceitação do Pix pelos consumidores brasileirosReprodução

Com a tecnologia cada vez mais difundida no Mundo, o uso do “dinheiro comum” está cada vez mais obsoleto. Utilizando as carteiras digitais, é comum que as pessoas concentrem suas finanças em seus dispositivos eletrônicos. Entretanto, os golpes cibernéticos passaram a causar medo nas pessoas.
De acordo com o DataSenado, em 2024 24% dos brasileiros com mais de 16 anos sofreram algum tipo de golpe digital. São mais de 40,85 milhões de pessoas que perderam dinheiro em função de algum crime cibernético, como clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. Ainda segundo a pesquisa, não há um perfil claro para as vítimas desse tipo de crime.
O estudante Ian Soares, de 22 anos, passou por um caso de golpe cibernético no fim do ano passado. O jovem se inscreveu para uma prova de uma universidade, porém o boleto da inscrição foi alterado virtualmente, fazendo que o dinheiro fosse para os golpistas.
“Eu fiz a inscrição no site da universidade, gerei o boleto e paguei normalmente. Porém, depois de alguns dias vi que não tinha recebido a confirmação por parte deles, então entrei em contato. Eles disseram que o boleto não tinha sido pago e pediram o comprovante. Quando eu fui conferir vi que o código de barras no recibo estava diferente do enviado pela instituição”, iniciou.
“Depois que eu expliquei a situação, a universidade deixou eu pagar novamente a inscrição e aí consegui fazer a prova. Alguns dias depois eu conversei com um advogado para tentar recuperar o dinheiro e ele me orientou a registrar um boletim de ocorrência. Na delegacia os policiais disseram que muito provavelmente algum plug-in foi instalado no meu computador, por meio de algum vírus que fazia alterar a numeração de boletos”, concluiu.
Segundo a Kaspersky, empresa especializada em cibersegurança, a tendência para o decorrer de 2025 é que as fraudes digitais cresçam cada vez mais. Espera-se que as investidas cibernéticas financeiras se concentrem ainda mais em dispositivos móveis do que em computadores. No Brasil, o golpe mais comum tem sido o do pix.
De acordo com um levantamento da companhia de desenvolvimento de pagamentos ACI Worldwide, os golpes envolvendo o pix só tendem a crescer no país e podem causar um prejuízo de R$ 12 bilhões até 2028 aos cofres públicos.
O Banco Central informa que 76,4% da população brasileira utiliza o pix para pagamentos e orienta como as vítimas devem agir após um golpe.
"Caso tenha sido vítima de um golpe, o primeiro passo é entrar em contato com seu banco para relatar o caso e solicitar a devolução dos valores transferidos para o suposto golpista. Em paralelo, é recomendável registrar um Boletim de Ocorrência na autoridade policial. Se a situação não for resolvida, a vítima pode procurar o Procon de seu estado ou o Poder Judiciário; ou registrar uma reclamação no BC: o banco para onde os recursos foram transferidos será notificado e fará o monitoramento da conta a fim de identificar transações suspeitas", informou.