Agentes cumprindo mandado de busca e apreensão na casa de um dos alvos da operaçãoDivulgação / PF
Durante a ação, a Justiça bloqueou R$ 3,5 bilhões dos investigados e determinou a suspensão das atividades de oito empresas. Além disso, dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados aos suspeitos nos municípios de Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba, Rio de Janeiro e Juiz de Fora (MG).
- Bernard Rodrigues Soares;
- Cristiano Almeida Leite;
- Davi Perini Vermelho, chamado de Didê, presidente do Instituto Rio Metrópole;
- Renan Tadeu Fernandes Pontes;
- Roberto Pinto dos Santos;
- Rodrigo Santos de Castro, subsecretário de Eventos e Relações Institucionais do RJ;
- Rubem Vieira de Souza, mais conhecido como Dr. Rubão, candidato sub judice à Prefeitura de Itaguaí;
- Sérgio Luiz Costa Azevedo Filho, o Dr. Serginho, é o atual prefeito do município de Cabo Frio;
- Valdecy Dias da Silva, o Valdecy da Saúde, deputado estadual.
Os suspeitos são ligados a companhias que manipularam processos licitatórios em pelo menos quatro cidades do estado do Rio, sendo Cabo Frio, Itaguaí, Mangaratiba e São João de Meriti. Também há indícios de um esquema sistemático de lavagem de dinheiro com o uso de contas de passagem, dinheiro em espécie e aquisição de bens de alto valor.
Segundo a PF, o grupo tentou destruir provas armazenadas digitalmente e usou recursos não declarados para beneficiar candidatos nas eleições de 2024. A investigação é uma nova fase da Operação Teatro Invisível, iniciada em setembro do ano passado.
As investigações continuam e os envolvidos podem pegar até 27 anos de prisão, caso sejam condenados. A reportagem de O DIA não conseguiu contato com a defesa dos citados, o espaço segue aberto para manifestações.
Durante a primeira fase da operação, a Polícia Federal prendeu quatro pessoas em São João Meriti, na Baixada Fluminense, e cumpriu 15 mandados de busca e apreensão. A investigação revelou que o grupo contratava pessoas para disseminar informações falsas sobre candidatos em locais públicos, como pontos de ônibus, padarias e mercados, com o objetivo de influenciar o resultado das eleições municipais em pelo menos 13 cidades do estado.
O esquema incluía a contratação de “atores” que recebiam salários mensais para espalhar fake news em locais de grande circulação. Os coordenadores do grupo, por sua vez, recebiam valores maiores e eram responsáveis por organizar as ações.
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