Rio - A sobrinha do pintor Jorge Mauro Ruas de Paiva, de 51 anos, assassinado em um bar em Nova Iguaçu, na Baixada, desabafou sobre o homicídio por meio das redes sociais. Em vídeo publicado na tarde desta segunda-feira (12), Monique Monteiro afirmou que a vítima não tinha ligação com crime e não se envolveu em conflitos antes de ser atacada. O principal suspeito de ter cometido o crime é um policial militar.
"Meu tio fui brutalmente assassinado. O seu assassino: Vinícius, mais conhecido como Lico, policial militar. Meu tio estava nesse bar celebrando uma reinauguração, depois de um dia cheio de trabalho e foi brutalmente assassinado sem defesa. Não teve luta, não teve nada. Só esse assassino andando no meio da multidão, segurando uma arma e disparando contra ele, sem defesa. Meu tio não era bandido, era trabalhador. Até quando a gente vai ser desprotegido pelas próprias pessoas que deveriam proteger a gente? Esse cara é um policial. Você acha que é a primeira vez que ele matou alguém assim? Do nada. Não teve nenhuma discussão no bar, estava todo mundo tranquilo", lamentou Monique.
O homicídio aconteceu na madrugada de sábado (10), por volta das 2h. Imagens de uma câmera de segurança mostram o homem andando na direção da vítima com uma arma em uma mão e um copo de bebida na outra. Ele atira contra Jorge ao menos três vezes à queima-roupa no momento em que acontecia um evento no estabelecimento.
Câmera flagra momento do assassinato de homem na frente de bar em Nova Iguaçu.
Monique ainda destacou que Jorge deixa a mulher e três filhos. Além disso, pontuou que a avó, mãe da vítima, teve que enterrar o filho na véspera do Dia das Mães.
"Era um homem honesto, pai de família. Criou três filhos maravilhosos honestamente. Era um filho muito amado, presente. Marido… Uma pessoa que nunca vai ser esquecida, mas isso não poderia ter acontecido e minha família precisa de justiça. Minha avó, de cabeça branca, tendo que enterrar o filho dela um dia antes do Dia das Mães. Meu primo tendo que carregar o caixão do pai dele, um dia do aniversário dele. A minha família nunca mais vai esquecer isso. Até quando Nova Iguaçu, Governador Soares, vai ser esquecida e abandonada?", desabafou.
A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso. A Polícia Militar informou que instaurou um processo para apurar o caso e que está colaborando com as investigações da Polícia Civil. A corporação reiterou que não compactua com possíveis desvios de conduta por parte de seus agentes nem com cometimento de crimes praticados, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos. Até o momento, a identificação do PM não foi divulgada.
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