Montanhista voluntário ajudou a localizar e içar o corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anosReprodução/Redes sociais

Rio - O montanhista voluntário Agam Rinjani compartilhou detalhes das quase 14 horas de trabalho necessárias para alcançar o corpo da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, e içá-lo até o topo do Monte Rinjani, na Indonésia.
Em suas redes sociais, Agam, conhecido por sua vasta experiência na região, contou que passou a noite à beira de um penhasco, a cerca de 590 metros do cume da montanha. Para evitar uma queda, usou âncoras de segurança. Segundo ele, sem o equipamento, poderia ter deslizado por mais 300 metros.

Agam foi o primeiro a chegar ao local onde Juliana estava. Devido à forte neblina e às condições climáticas adversas, ele e outro alpinista, identificado como Tyo, improvisaram um acampamento vertical no meio da encosta. Ao amanhecer, Agam carregou sozinho a maca com o corpo da brasileira até o topo do monte.

Depois disso, o cadáver foi levado em uma operação terrestre de até oito horas até o posto de Sembalun. De lá, seria transportado de avião até o hospital Bayangkara.

Durante toda a operação, o montanhista compartilhou atualizações em tempo real por meio das redes sociais. A atitude fez com que Agam recebesse uma onda de mensagens de apoio, especialmente de brasileiros que estavam insatisfeitos com a demora no envio de socorro à Juliana. Em alguns comentários, foi chamado de "herói". Em menos de 24 horas, o número de seguidores de sua conta no Instagram saltou em mais de 400 mil.