Trio que sequestrou e extorquiu homem foi preso por agentes da Delegacia Antissequestro (DAS)Reprodução

Rio – O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou três homens presos em dezembro do ano passado, no município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, por envolvimento em um episódio de sequestro e extorsão. Dois deles são guardas municipais, identificados como Jeferson Luiz Batista da Silva e Igor da Rocha Maia. O comparsa se chama Deivison Michael Vieira de Assis.
De acordo com as investigações da 1ª Promotoria de Justiça, junto a Varas Criminais de Belford Roxo, os denunciados foram a uma boate na Zona Sul, em 8 de dezembro, e se apresentaram como sendo policiais civis para suspeitos de aplicar o golpe "boa noite, Cinderela" em clientes do estabelecimento. O objetivo era afirmar que tinham ciência da prática criminosa para poder extorqui-los.
No dia seguinte, os três retornaram ao local e abordaram um homem, identificado como Hyago Conceição dos Santos, com quem já haviam falado na véspera. Em seguida, colocaram a vítima no porta-malas de um veículo e a levaram a um imóvel, onde a mantiveram em cativeiro, com pés e mãos algemados e rosto, coberto.
A denúncia do MPRJ aponta ainda que, ao longo de cerca de 24 horas de cárcere privado, os denunciados fizeram contato com familiares de Hyago e com outros suspeitos pelo “boa noite, Cinderela” a fim de fazer ameaças e pedir quantias em troca de libertá-lo. Eles teriam conseguido realizar saques da conta bancária da vítima.
Neste período, a família de Hyago procurou a Delegacia Antissequestro (DAS) para registrar o caso. Agentes da especializada localizaram o trio, junto com a vítima, no estacionamento de uma lanchonete de Belford Roxo.
O MPRJ denunciou Jeferson, Igor e Deivison pelos crimes de extorsão, extorsão mediante sequestro, roubo, sequestro e cárcere privado.
Procurada pela reportagem do DIA, a Guarda Municipal (GM-Rio) informou que há um processo em fase de indiciamento na Corregedoria da instituição e que os envolvidos estão afastados de suas funções e das ruas desde o dia em que foram presos em flagrante.